Nesta terça-feira (10), a Câmara de Comércio Exterior do Ministério da Economia publicou no Diário Oficial da União (DOU), uma novidade que deve animar os mineradores de Bitcoin brasileiros.
De acordo com a decisão, a cobrança de alíquota de importação de equipamentos para fim de mineração de Bitcoin agora é zero, mediante ao Governo Federal.
“Altera para zero por cento as alíquotas do Imposto de Importação incidentes sobre os Bens de Informática e Telecomunicações que menciona, na condição de Ex-tarifários”, diz a Resolução GECEX Nº 339.
Equipamentos destinados a atividade de mineração e que trabalham com o algoritmo SHA-256 recebem a seguinte especificação:
“Servidores dedicados à mineração de criptomoedas de algoritmo SHA256, com eficiência energética medida a 25 graus Celsius igual ou menor 32 J/TH (joules/terahash).”
Ponto para os mineradores de Bitcoin
O SHA-256 é um algoritmo criado pela Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA).
Este condensa qualquer sequência de caracteres de qualquer tamanho rapidamente. De forma mais precisa, em um hash de 256 bits, uma sequência de números.
O hash, que é definido aleatoriamente, leva como desafio aos mineradores a descoberta da combinação de caracteres responsável pela criação de um determinado hash.
Isso tudo por meio da colocação de cada palpite no SHA-256 para verificação da saída do hash.
Cada acerto, um desbloqueio, levando ao próximo bloco da Blockchain. Ou seja, temos a criação de um novo bloco. Sobre a dificuldade do processo, o software é ajustado em seu nível de dificuldade para a extração de um novo bloco a cada 10 minutos.
Vale destacar que o Governo Federal já vem tomando medidas bastante interessantes no que diz respeito a adoção Bitcoin.
No início do ano, foi zerada a cobrança de impostos por importação até 2025 para carteiras Bitcoin.
É fato que, na ocasião, a isenção de impostos não alterou muito a realidade do mercado, já que 85% do preço final vem da incidência de outros impostos.
Traders brasileiros
O Brasil tem sido destaque quando o assunto é criptomoedas. O mercado chegou a movimentar cerca de U$11 bilhões de dólares entre janeiro e novembro de 2021, considerando apenas os trades em Bitcoin, de acordo com a Receita Federal.
Nosso país, atualmente, é um importante mercado cripto em termos de volume negociado. Inclusive, estamos posicionados como o país mais importante da América Latina para o mercado de criptomoedas.
O baixo desempenho da B3 e a desvalorização do real em relação ao dólar colaboraram para que as criptomoedas se tornem muito atrativas para os brasileiros.
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