A corretora brasileira de criptomoedas Mercado Bitcoin firmou uma parceria para a criação do primeiro ‘bitcoin verde’ do mundo.
Em colaboração com a plataforma de negociação de créditos de carbono, Moss, a corretora será a primeira a compensar suas emissões de gases de efeito estufa.
A iniciativa compensará as emissões de carbono da Mercado Bitcoin desde a sua fundação, em 2013, segundo a Exame.
Luis Adaime, fundador da Moss, argumenta que “o processo de mineração e armazenamento [de criptomoedas] gasta muita energia”. Os criptoativos, e o Bitcoin, em particular, “são uma fonte revelante de emissão de C02”, ressalta.
Segundo ele, a parceria foi feita justamente para compensar esses efeitos, e com o acordo, haverá também a comercialização dos tokens da Moss (MCO2) na plataforma.
De acordo com a publicação, o ‘bitcoin verde’ visa agregar à moeda digital um MC02, que equivale à compensação de uma unidade do ativo. Com isso, o valor do bitcoin verde será igual ao valor corrente do ativo original.
“O custo para compensar as emissões do bitcoin é quase irrisório”, afirma Adaime.
Com o preço do Bitcoin pairando entre os US$ 34 mil, serão adicionados ao valor mais 18 dólares do MCO2, token lançado pela Moss em 2020 e o primeiro do mundo lastreado em crédito de carbono.
Fabricio Tota, diretor de Novos Negócios do Mercado Bitcoin, diz que “essa é uma iniciativa que muda a vida das pessoas.
“[A iniciativa] permite compensar a emissão de carbono remunerando projetos de preservação do meio ambiente com toda a transparência e a segurança que a tecnologia blockchain oferece”, explica.
A exchange argumenta que, com a oferta do MCO2 na plataforma, clientes interessados em projetos da área socioambiental estão sendo atendidos.
O ativo da Moss tem o maior estoque de um token de crédito de carbono. São 2 milhões de toneladas, equivalente a um valor de mercado de US$ 36 milhões.