Os preços da Ethereum (ETH), a segunda maior criptomoeda por capitalização de mercado, estão no vermelho nesta quarta-feira (19). Assim como ETH, outras criptomoedas alternativas (altcoins) estão despencando mais do que o Bitcoin (BTC) na maior liquidação no mercados de ativos digitais desde a “Quinta-feira negra” de março de 2020.
Alta gigante da Ethereum seguida de uma queda assustadora
Ethereum bateu recentemente o seu mais novo recorde histórico de US$4.500, mas a alta não durou por muito tempo. A criptomoeda foi perdendo estabilidade e, no momento da escrita deste artigo, está sendo negociado a cerca de US$2.649.
Entretanto, a moeda chegou a um valor ainda menor. A mesma, portanto, atingiu US$2.375, uma queda de cerca de 31,4% nas últimas 24 horas, de acordo com o CoinMarketCap, marcando a maior perda diária desde 12 de março de 2020.
Finanças descentralizadas também em colapso
Também houve um grande colapso do mercado no setor financeiro descentralizado, com os tokens relacionados ao DeFi entre os maiores perdedores. Os tokens que mais estão sendo afetados pela queda do mercado são Maker (MKR), yearn.finance (YFI), Compound (COMP), Uniswap (UNI) e Chainlink (LINK).
“Eles estão todos despejando hoje e todos se correlacionando”, disse Joel Kruger, estrategista de câmbio da LMAX Digital.
“Sem a adoção, o reconhecimento e a utilidade significativa da tendência dominante, os alticoins são, e sempre foram, mais especulativos por natureza do que o Bitcoin”, disse Hunain Naseer, editor sênior da OKEx Insights.
“Isso significa que eles sobem mais rápido durante as corridas de touro e caem mais acentuadamente durante as quedas”, finalizou.
Mercado com grande perda
A correção dos ativos digitais causou uma perda de mais de US$460 bilhões nas últimas 24 horas da capitalização de mercado total de criptomoedas.
De acordo com o TradingView, a capitalização de mercado total está agora em cerca de US$1,565 trilhão, queda de 21,96% nas últimas 24 horas.
“O catalisador é um mercado que estava profundamente em risco de uma retração após uma corrida parabólica e um mercado que está sentindo um pouco mais de pressão das forças globais que estão pesando sobre os ativos correlacionados ao risco”, disse Kruger.
“O maior risco para o mercado agora, pelo menos nas próximas semanas, é o risco de vermos uma pressão negativa nas ações dos EUA”, acrescentou.
Também nesta quarta-feira (19), as ações dos EUA começaram a cair, lideradas por grandes perdas em ações de tecnologia, de acordo com o Wall Street Journal.
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