Os mineradores que operam na Rússia cunharam criptomoedas em um valor estimado de 50 a 60 bilhões de rublos (US$ 620 milhões a US$ 740 milhões) no ano passado, anunciou o diretor do Skolkovo Fintech Hub, Pavel Novikov.
Falando na conferência “Finanças do Futuro: Desafios e Oportunidades” organizada pelo maior banco da Rússia, o Sberbank, o executivo destacou que o número coloca a Rússia em segundo lugar no mundo nesse indicador.
Novikov também destacou que os mineradores russos consumiram cerca de 1 gigawatt (GW) de energia elétrica no mesmo período.
Ele também observou que a alta eficiência da mineração na Rússia, como ele disse, pode ser parcialmente atribuída à prática generalizada de uso ilegal de eletricidade na mineração de criptomoedas.
Seus comentários vêm depois que dados fornecidos pela maior operadora de mineração da Rússia, Bitriver, revelaram em abril que o país subiu pela primeira vez para o segundo lugar globalmente em termos de capacidade total de energia das instalações dedicadas à mineração de criptomoedas.
Embora as autoridades russas permaneçam relutantes em legalizar muitas operações com criptomoedas descentralizadas como bitcoin no país, declarações de autoridades em Moscou indicaram sua atitude geralmente positiva em relação à mineração de criptomoedas.
As “vantagens competitivas” do país como um hotspot de mineração foram destacadas pelo presidente Vladimir Putin no início de 2022.
E em maio deste ano, analistas previram que a Rússia pode ocupar 18% do hashrate do bitcoin em uma próxima grande migração de mineradores.