O Ministério Público de São Paulo (MPSP) prendeu dois empresários ligados ao Movimento Brasil Livre (MBL) na sexta-feira (10), sob acusações de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio com criptomoedas.
A suspeita é de desvio de R$400 milhões.
Segundo o Ministério Público, o MBL recebia “doações de forma suspeita” por meio de “cifras ocultas” e teria se unido ao ao MRL (Movimento Renovação Liberal) para dificultar a identificação dos valores.
Agora, a Justiça busca em exchanges brasileiras os bitcoins usados pelos empresários Alessander Mônaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso, conhecido como Luciano Ayan, reportou o Cointelegraph.
“As evidências já obtidas indicam que estes envolvidos, entre outros, construíram efetiva blindagem patrimonial composta por um número significativo de pessoas jurídicas, tornando o fluxo de recursos extremamente difícil de ser rastreado, inclusive utilizando-se de criptoativos e interpostas pessoas”, disse o MPSP em nota.
Além dos dois empresários, também estão sendo procurados criptoativos ligados à Mário José Ferreira dos Santos, Sueli Liporacci Ferreira dos Santos, Alexandre Henrique Ferreira dos Santos e a pessoa jurídica Movimento Renovação Liberal (MRL).
Entre as exchanges ja notificadas pelo Ministério Público para informar se fazem custódia de Bitcoin e criptomoedas ligadas a integrantes do MBL e alvo da Operação Juno Moneta, estão o Mercado Bitcoin e Bitcoin Trade, aponta o site.
Segundo o Ministério Público, era por meio de frequentes doações online via Superchat do Youtube que ocorria a prática de lavagem de dinheiro.
Em adição, “vaquinhas online” e a constituição de diversas empresas pelos fundadores do MRL que, em sua maioria, não possuíam funcionários cadastrados, compunham a prática.