Na Finlândia, as autoridades da alfândega não sabem o que fazer com a sobrecarga de mais de R$ 70 milhões em Bitcoin (BTC) apreendidos em uma operação contra drogas que ocorreu em 2016.
A quantia, 1.666 BTCs apreendidos em setembro daquele ano, após os agentes se infiltrarem em um grupo de drogas na dark web, valia menos de US$ 1 milhão na época, conforme reportou o jornal local.
Contudo, o montante agora é avaliado em cerca de 15 vezes esse valor em euros.
O “problema do século XXI” enfrentado pela agência, como aponta a matéria, é que a alfândega planejava leiloar os bitcoins em 2018, mas desistiu da ideia temendo que as criptomoedas voltem às mãos de criminosos.
De fato, o pensamento tem lógica, considerando que o criptoativo conta com um limite possível de unidades que podem ser emitidas, 21 milhões.
Mas para Pekka Pylkkänen , diretor financeiro da alfândega, “os problemas estão especificamente relacionados ao risco de lavagem de dinheiro”, afirma.
Segundo ele, “os compradores de Bitcoin raramente os usam para empreendimentos normais”.
Embora esse seja o argumento mais usado pelas autoridades governamentais contra o Bitcoin e outras criptomoedas, uma pesquisa publicada pela Messari no ano passado revelou que o dólar é 800 vezes mais usado para lavagem de dinheiro na dark web do que o Bitcoin.
De acordo com a matéria, as autoridades finlandesas também têm posse de milhões de euros em outras criptomoedas obtidas durante outras investigações criminais ao longo dos anos.
A Autoridade de Supervisão Financeira da Finlândia (FIN-FSA) começou a regulamentar o setor de criptomoedas em maio do ano passado, segundo comunicado oficial.