O projeto Ordinals, lançado apenas alguns dias atrás, permitiu que qualquer pessoa criasse NFTs na rede Bitcoin como parte de sua funcionalidade.
Essa possibilidade foi adicionada pela atualização Taproot que a rede passou em novembro, que estendeu o tamanho das transações de Bitcoin para quase todo o tamanho de um bloco.
Isso tem sido fundamental para o que está acontecendo atualmente. Antes do Taproot, as transações podiam ter apenas 80 bytes de tamanho, limitando a usabilidade do que era armazenado no espaço do bloco.
Agora, os NFTs Bitcoin estão sendo salvos diretamente na blockchain, permitindo os benefícios de portabilidade, durabilidade e descentralização que caracterizam o Bitcoin.
Isso pode apresentar benefícios exclusivos para as partes interessadas, uma vez que cada conteúdo armazenado no blockchain via Ordinals terá que ser sincronizado por cada nó existente.
A maioria dos projetos NFT que aproveitam outras blockchains, incluindo o Ethereum, apenas armazenam links para os NFTS, que não residem diretamente no blockchain.
O surgimento desse novo recurso despertou um antigo debate sobre a verdadeira função da rede e o que constitui um ataque contra o ecossistema Bitcoin.
Já existem dois grupos nesse debate público: os que apoiam esse novo recurso do Bitcoin, e os que acreditam que esse é um ataque de spam que deve ser evitado e até censurado.
O primeiro grupo alega que isso é positivo para a rede e que contribuirá para trazer mais taxas e casos de uso para o protocolo.
Este é o caso do conhecido influenciador Dan Held, que acredita que cada transação pagando sua taxa não é spam.
O segundo grupo afirma que, mesmo que não haja nada que eles possam fazer para impedi-lo, isso prejudicará o caso de uso financeiro e transnacional do Bitcoin.
Luke Dashjr, um desenvolvedor de Bitcoin, chamou isso de “ataque” ao protocolo e pediu que filtros de “spam” fossem desenvolvidos para combater a funcionalidade.
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