Que os brasileiros estão mais propensos as criptomoedas isso não é mais uma novidade, mas agora a informação foi confirmada por estudos!
De acordo com o “Relatório Blockchain – Latam 2022”, encomendado pela Sherlock Communications, a quantidade de investidores de criptomoedas brasileiros pode dobrar ao longo de 2022.
A pesquisa na qual fundamentou o relatório apontou que 13% da população brasileira já tem investimentos em criptomoedas. Além disso, outros 25% dos entrevistados esperam comprar criptomoedas nos próximos 12 meses.
Ou seja, estamos vendo um aumento de 91%. Vale destacar que as informações acima foram divulgadas pela Valor Investe, em uma reportagem publicada nesta última segunda-feira (21).
A porcentagem se baseia nos 143 milhões de brasileiros em idade ativa. Portanto, de acordo com o relatório, ao menos 36 milhões de brasileiros pretendem se tornar investidores de criptomoedas este ano.
Investidores de criptomoedas da América Latina aumentando
Além do Brasil, o estudo se estendeu a Argentina, Colômbia, México, Peru e Chile. Todas as informações foram levantadas através do preenchimento de formulários online.
Agora, falando de ativos digitais, o Brasil é o país em que a adoção está em estágio mais avançado. Logo depois vemos a Colômbia, onde a população ativa demonstrou bastante interesse em investir em criptomoedas em 2022.
Vale destacar que o país conta, atualmente, com apenas 5,2% de habitantes já investidores de ativos digitais. Portanto, considerando a confirmação da projeção, o mercado de criptomoedas da Colômbia pode crescer 208% até o final do ano.
Já no Peru, onde a quantidade de investidores de criptomoedas se resume a 1%, o relatório estima um crescimento de 1.100% este ano. México, Argentina e Chile estimam crescimento em torno de 345%, 235% e 208%, respectivamente.
Ainda existem barreiras
Patrick O’Neill, sócio-gerente da Sherlock Comunicações, mostrou otimismo com o crescimento dos investidores de criptomoedas na América Latina.
Entretanto, o mesmo ressaltou as diversas barreiras existentes nas quais dificultam uma expansão ainda mais significativa nos países citados.
Os principais, inclusive, são a insegurança jurídica e a falta de conhecimento especializado.
“… a pesquisa também revela que os entrevistados estão lutando com preocupações sobre segurança cibernética em relação a exchanges e tokens, bem como frustração com a disponibilidade de análises independentes e educação sobre essa área emergente de investimento”
O desconhecimento é um dos principais motivos que desestimulam possíveis investidores em entrar no mercado cripto.
É fato que a América Latina pode se tornar um terreno fértil no que diz respeito ao uso de criptomoedas e tecnologias descentralizadas.
Entretanto, para isso acontecer de forma ampla, igualitária e efetiva é preciso que iniciativas educacionais sejam adotadas por parte de empreendedores e governos. Apenas assim será possível romper a barreira de entrada nesse mercado.
Mesmo o Brasil sendo o país no qual mais pessoas afirmaram ter algum tipo de conhecimento sobre blockchain, 68% das pessoas ainda não sabe do que se trata.
LEIA MAIS: CIO da Bitwise prevê ‘um mercado em alta que pode se prolongar por todo o ano’