O mercado de criptomoedas enfrentou uma das piores liquidações dos últimos anos, com perdas que ultrapassam US$ 2 bilhões. Esse volume de liquidações supera os momentos críticos vividos durante o colapso da FTX e o impacto da pandemia de COVID-19, evidenciando a forte volatilidade do setor.
700 mil traders liquidados no mercado cripto
De acordo com dados da Coinglass, a liquidação afetou 733.974 traders nas últimas 24 horas. Com US$ 1,89 bilhão provenientes de posições compradas, representando 82,73% do total de liquidações.
A principal causa para o movimento drástico de venda parece estar relacionada a temores econômicos globais. A decisão do governo dos EUA de impor novas tarifas sobre importações do México, Canadá e China gerou um efeito dominó nos mercados financeiros, levando investidores a reduzirem sua exposição a ativos de risco. Como resultado, criptomoedas como Bitcoin e Ethereum sofreram quedas significativas, intensificando as liquidações no mercado de derivativos.
O Bitcoin caiu abaixo dos US$ 100 mil, e chegou a ser negociado a US$ 91 mil, enquanto o Ethereum caiu 14%. As principais altcoins: XRP, Solana e Cardano, também caíram entre 10-15% em meio ao derretimento do mercado.
O impacto foi sentido especialmente por traders alavancados, cujas posições foram forçadas a serem encerradas devido ao aumento da volatilidade. Assim, essa movimentação massiva reforça a fragilidade do setor diante de choques macroeconômicos e políticas comerciais inesperadas.
Apesar do pânico momentâneo, analistas avaliam que a liquidez do mercado segue robusta e que os fundamentos de longo prazo do Bitcoin permanecem intactos. No entanto, o episódio serve como alerta para investidores sobre os riscos da alta alavancagem em momentos de incerteza global.