Nos últimos anos, o mercado financeiro brasileiro passou por profundas transformações, moldadas pela digitalização e pelo avanço das criptomoedas. O relatório “Perfil e Comportamento dos Investidores 2023”, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), oferece insights valiosos sobre o comportamento dos investidores brasileiros. Destacando, assim, o crescente interesse em criptoativos.
Investidores ainda tem receio dos criptoativos
Segundo os dados, 35,43% dos investidores com perfil arrojado investem 35,43% de seu patrimônio criptoativos. Evidenciando, assim, a popularidade desse segmento entre os que buscam maior retorno e assumem mais riscos.
A pesquisa revela que a maioria dos investidores de perfil arrojado, cerca de 50%, prioriza a diversificação da carteira. Além disso, o principal motivo pelo qual eles investem, é para criar renda passiva. Por outro lado, os investidores de perfil moderado, investem 21,33% em criptoativos. Embora priorizem estratégias equilibradas e investimentos tradicionais, como fundos de investimento e ações.
Porém, os de perfil conservador investem apenas 7,25% de seu patrimônio em criptoativos. Assim, eles mantém um distanciamento significativo desse mercado, optando por ativos de menor volatilidade, como CDBs e Tesouro Direto.
Entre os fatores que impulsionam o interesse por criptomoedas, destacam-se a busca por inovação e a percepção de que elas oferecem oportunidades de rentabilidade superiores em comparação a outros ativos.
No entanto, o relatório também aponta desafios, como a necessidade de maior educação financeira e a compreensão dos riscos associados.
Embora 53% dos entrevistados demonstrem interesse por materiais educativos, muitos ainda consideram o mercado complexo e arriscado, o que ressalta a importância de iniciativas voltadas à educação.
Além disso, a análise comportamental indica que investidores mais jovens estão aderindo às criptomoedas. Esse movimento é acompanhado por um aumento no uso de plataformas digitais e aplicativos para monitoramento de investimentos, utilizados por 72,30% dos participantes.
Esses dados revelam a digitalização do comportamento do investidor, alinhada com o avanço das tecnologias blockchain e criptoativos.
Para o futuro, as criptomoedas parecem destinadas a ocupar um espaço ainda mais relevante no portfólio do investidor brasileiro, especialmente entre os perfis arrojados e moderados. Esse crescimento será impulsionado por iniciativas educacionais e maior regulação do mercado, o que pode atrair novos participantes ao setor.