Um grupo de credores da FTX apresentou uma objeção ao plano de reorganização proposto pela empresa falida, alegando que ele não cumpre certos requisitos do Código de Falências dos Estados Unidos.
A objeção argumenta que o plano ignora questões de direitos de propriedade, não satisfaz o teste de melhor interesse e contém análises inconsistentes de liquidação dos devedores.
Em 7 de maio, a FTX revelou ter arrecadado mais dinheiro do que o necessário para realizar os reembolsos e concluir seu processo de falência.
Embora clientes e outras partes afetadas tenham perdido cerca de US$11 bilhões quando a exchange entrou em colapso em 2022, o espólio da falência afirmou ter acumulado mais de US$16 bilhões com a venda de ativos e a consolidação de fundos de várias entidades.
O plano de reorganização proposto pela FTX prevê o pagamento de 98% dos credores com reivindicações inferiores a US$50.000, cerca de 118% de suas reivindicações permitidas, dentro de 60 dias após a aprovação do plano. Já os credores não governamentais receberiam 100% de suas reivindicações e possíveis pagamentos adicionais de 9% de juros.
Os objetores dessa proposta estão pressionando para que a FTX faça as distribuições de reembolso em criptomoedas, para evitar que os credores tenham que pagar impostos sobre os valores recebidos.
Além disso, eles insistem que o espólio da falência da FTX pode firmar um acordo com outra exchange de criptomoedas para fazer as distribuições em criptos, pois fazê-lo por conta própria pode ser difícil.