A Polícia Federal deflagrou nesta semana a Operação Criptojacking, que teve como alvo hackers que invadiram os servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Notavelmente, o ataque teve como objetivo capturar os servidores da instituição para realizar a mineração de criptomoedas de forma não autorizada. Esse ataque, que consiste no roubo de poder computacional para mineração, é chamado de Criptojacking.
Como consequência, um mandado de busca e apreensão foi feito em Porto Velho, capital de Rondônia. Agora, o hacker responderá por invasão de sistemas eletrônicos e interrupção de serviços essenciais. A PF apontou que vai investigar as conexões desta violação com outros ataques a sistemas do governo.
Não foi informado qual o prejuízo em termos de eletricidade para a instituição, nem qual criptomoeda estava sendo minerada.
Criptojacking
O criptojacking é um golpe que se proliferou no mercado de criptomoedas nos últimos anos. Os hackers normalmente invadem computadores de vítimas, que podem ser empresas ou usuários comuns, e instalam malwares silenciosos para mineração de criptomoedas.
A mineração de criptomoedas baseadas em Proof of Work (PoW), por sua vez, é uma atividade intensiva em consumo de poder computacional e eletricidade. Por conta deste fator, a mineração doméstica quase sempre não é uma atividade lucrativa, especialmente no Brasil.
Dessa forma, os hackers repassam o custo da mineração para as suas vítimas. Um malware de mineração é responsável por piorar o desempenho do computador, bem como por aumentar o consumo elétrico do equipamento durante o uso.
Um computador minerando tende a consumir muito mais eletricidade do que uma máquina executando tarefas que não exigem tanto desempenho.
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