O governo da Rússia proibiu a mineração de Bitcoin e outras criptomoedas em seu território durante o inverno. A medida tem como objetivo lidar com a potencial escassez de eletricidade durante o rigoroso inverno russo.
As regiões afetadas incluem Irkutsk, partes da Buriácia, Zabaikalsky na Sibéria e áreas do Cáucaso do Norte. Além disso, Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhia e Kherson, regiões ucranianas controladas pela Rússia, também serão afetadas.
A proibição da mineração em momentos de alto consumo de eletricidade é uma prática relativamente comum. No Texas, algumas mineradoras firmam acordos com produtoras elétricas considerando os picos de consumo.
Mineração na Rússia
A Rússia emergiu nos últimos anos como o segundo país no ranking de mineração de Bitcoin, estando atrás apenas dos Estados Unidos, conforme destacou o The Moscow Times:
“Enquanto os Estados Unidos continuam sendo de longe o maior minerador de criptomoedas do mundo, ostentando 3-4 gigawatts de capacidade de mineração, a capacidade de geração da Rússia atingiu 1 gigawatt em janeiro-março de 2023.”
“Ao ficar em segundo lugar pela primeira vez, a Rússia assumiu uma posição anteriormente ocupada pelo Cazaquistão, que introduziu restrições às atividades de mineração de criptomoedas em 2022 e agora está em nono lugar […]”.
O clima frio e a eletricidade de baixo custo tem atraído mineradoras para o país. Estima-se que as mineradoras russas consumam 16 bilhões de quilowatts-hora de eletricidade. Este valor representa cerca de 1,5% da produção elétrica do país.