A Hashdex, uma importante gestora de fundos brasileira, solicitou em setembro a transformação de seu ETF listado na Bolsa de Valores de Nova York em um Fundo Negociado em Bolsa à vista.
Este movimento é digno de nota porque a proposta da Hashdex envolve uma abordagem única para a gestão dos ativos do ETF.
O gestor do fundo planeja manter um mix diversificado de ativos, incluindo contratos futuros de Bitcoin, Bitcoin à vista e dinheiro. Esta estratégia visa mitigar os riscos associados à manipulação de mercado e aumentar a estabilidade do ETF.
Em resposta ao pedido da Hashdex, a SEC emitiu um documento em 15 de novembro, explicando sua decisão de estender o período de revisão por mais 45 dias.
A agência citou a necessidade de mais tempo para avaliar minuciosamente a mudança proposta nas regras e abordar as questões levantadas durante o processo de avaliação.
“A Comissão considera apropriado designar um período mais longo para tomar medidas sobre a mudança de regra proposta, para que tenha tempo suficiente para considerar a mudança de regra proposta e as questões nela levantadas”, afirmou a SEC em seu anúncio.
Simultaneamente, a SEC adiou sua decisão sobre a tentativa da Grayscale de lançar um novo ETF de Ethereum baseado em futuros. O atraso neste caso está relacionado a uma mudança de regra associada ao ETF de futuros Ethereum proposto pela Grayscale.
A Grayscale Investments entrou com pedido de um novo ETF rastreando futuros de Ethereum em setembro, de acordo com o Securities Act de 1933 e o Investment Company Act de 1940. A SEC já aprovou ETFs de futuros de Bitcoin registrados sob ambas as leis.
Só em 2023, mais de uma dúzia de empresas apresentaram pedidos para lançar ETFs Bitcoin à vista, e várias outras estão buscando aprovação para produtos semelhantes vinculados ao Ethereum, a segunda maior criptomoeda em capitalização de mercado.
O regulador ainda não indicou como poderá decidir sobre estas últimas solicitações, deixando a indústria em antecipação e incerteza.