Recentemente, Changpeng “CZ” Zhao, fundador da Binance, destacou que o mercado cripto está passando por uma mudança importante: atualmente, existem mais lançamentos de stablecoins do que de altcoins. Stablecoins são criptomoedas cujo valor é atrelado a moedas tradicionais, como o dólar, oferecendo estabilidade financeira. Altcoins, por outro lado, são criptomoedas alternativas ao Bitcoin e Ethereum, geralmente com preços mais voláteis, ou seja, que sofrem mudanças rápidas e imprevisíveis.
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Esse cenário marca uma transformação significativa no mercado, que já conta com mais de 230 bilhões de dólares (aproximadamente R$1,15 trilhão) em stablecoins circulando mundialmente. As stablecoins mais populares são o Tether (USDT) e o USDC da Circle, responsáveis pela maior parte deste valor. No entanto, um número crescente de projetos menores também está surgindo rapidamente.
Motivos do crescimento das stablecoins
Uma das razões principais para o aumento no lançamento de stablecoins é a busca por segurança e menor volatilidade. Ao contrário das altcoins, que podem perder rapidamente até 90% de seu valor, as stablecoins oferecem maior segurança aos investidores por manterem valores estáveis. Segundo dados da plataforma Artemis, já existem mais de 42 projetos menores de stablecoins, somando cerca de 6,4 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 32 bilhões).
Outro fator para o aumento dessas moedas é o interesse dos novos projetos cripto em criar sua própria liquidez. Liquidez significa a facilidade com que um ativo pode ser rapidamente comprado ou vendido sem afetar significativamente o preço. Com stablecoins próprias, as plataformas buscam oferecer aos usuários operações financeiras descentralizadas (DeFi), ou seja, transações feitas diretamente entre usuários, sem bancos ou intermediários.
No entanto, especialistas alertam sobre riscos associados à rápida expansão das stablecoins. Algumas dessas criptomoedas utilizam algoritmos complexos ou são excessivamente garantidas por outros ativos digitais (supercolateralizadas), o que pode gerar problemas caso o mercado enfrente grandes quedas. Um exemplo disso ocorreu com a stablecoin Terra (LUNA), que perdeu rapidamente seu valor, causando prejuízos significativos.
Outro ponto destacado pelos analistas é a liquidez fragmentada, ou seja, cada stablecoin pode ter seu próprio ecossistema fechado, dificultando trocas por outras moedas e limitando seu uso prático.
Diante dessa realidade, apesar das vantagens aparentes, especialistas recomendam cautela na adoção das stablecoins. É essencial que investidores busquem informações claras sobre os projetos e compreendam bem os mecanismos das stablecoins antes de investir.