Na última terça-feira (23), a Polícia Civil (PC) de São Paulo deflagrou uma operação contra influenciadores digitais.
A operação, iniciada às 5 horas da manhã, esteve em um endereço num condomínio de luxo em Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo.
Segundo a PC, a busca e apreensão teve como alvo dois influenciadores digitais e empresários do setor de criptomoedas.
De acordo com a Polícia Civil, os influenciadores são suspeitos de prática de pirâmide financeira e lavagem de dinheiro.
Os investigados cometeram crimes por meio de gestoras de investimentos que operavam sem licença no país.
Assim, o casal Philip Wood Han e Carla Moreira Han estaria por trás de ao menos seis pirâmides investigadas pela polícia.
As supostas empresas de investimentos se chamam WCM777, Mr. Link, ifreex, Fx Trading, F2 Trading e My Hash.
Como é de praxe nesse tipo de golpe, essas empresas prometiam lucros de até 50% sobre o capital aportado.
As empresas, segundo o inquérito da Polícia Civil, eram criadas e logo depois desapareciam, junto com os recursos dos clientes.
Enquanto funcionavam, as supostas empresas de investimentos justificavam seus ganhos a partir de operações de day trade no mercado de contratos futuros de bitcoin.
Técnicas de arbitragem internacional de criptomoedas também estavam entre as alegações de ganhos da empresa.
Histórico de pirâmides
Philip Wood e Carla Moreira já são alvo de investigações desde 2020.
Em outubro daquele ano, o órgão suiço equivalente à CVM já havia aberto uma investigação contra a My Hash.
Além disso, ainda em 2020, a empresa FX Trading foi também investigada por um golpe de R$ 1 bilhão aqui no Brasil.
Na ocasião, o jornal Folha de São Paulo divulgou relatos de vítimas do esquema do casal.
Segundo a PC, a FX Trading, F2 Trading e My Hash prometiam lucros de até 50%, mas que deixaram milhares de brasileiros no prejuízo.
Todas as empresas prometiam investimentos em produtos ligados ao ramo dos criptoativos.
Leia mais: Fundador da Cardano desabafa sobre atrasos no projeto