A Tether, uma das maiores empresas do mercado de criptomoedas, anunciou planos para investir na Quantoz, uma fintech europeia com sede na Holanda. A aquisição tem como objetivo permitir que a Tether lance as stablecoins EURQ e USDQ na Europa.
A União Europeia aprovou um novo quadro regulatório para o mercado de criptomoedas. Notavelmente, a nova legislação estabelece requisitos mais rigorosos para empresas emissoras de stablecoins, como é o caso da Tether.
Desta forma, a aquisição será fundamental para que a Tether lance as novas stables que cumprirão com as novas exigências do mercado europeu. A empresa possui licença bancária do Dutch Central Bank (DNB), o que permitirá que a Tether siga com suas operações na Europa. O Markets in Crypto-Assets Regulation (MiCA) foi aprovado e entrará em vigor em 2025.
Paolo Ardoino, CEO da Tether, comentou sobre a iniciativa, destacando a importância da regulamentação para o setor:
“Nosso suporte à Quantoz destaca o comprometimento da Tether em promover soluções inovadoras e regulamentadas dentro do cenário de ativos digitais”.
“Ao dar suporte à Quantoz e trazer soluções tecnológicas como a Hadron by Tether, reforçamos nossa dedicação em expandir ferramentas financeiras confiáveis e compatíveis que capacitam os usuários e criam confiança em todo o ecossistema digital.”
Crescimento da Tether
Conforme destacado no comunicado, a Tether é a “maior empresa do setor de ativos digitais”. A instituição é responsável pela emissão do Dólar Tether (USDT), criptoativo pareado com o dólar dos Estados Unidos.
O USDT conta atualmente com mais de US$ 120 bilhões em capitalização, atrás apenas de Bitcoin (BTC) e Ether (ETH). A grande demanda global por dólares está impulsionando a adoção do USDT, especialmente em mercados emergentes.
A stablecoin tem espaço de destaque no Brasil, conforme apontou fala do CEO Paolo Ardoino:
“No primeiro trimestre de 2023, o USDT dominou as transações de criptomoedas e stablecoins no Brasil, com um total de 37,1 bilhões de reais, o que representa 81% do valor total negociado em criptomoedas e stablecoins até o primeiro trimestre.”