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O Bitcoin é único e deve estar separado de demais ativos digitais, afirma Fidelity

Bitcoin

A Fidelity, um banco de investimentos multinacional, publicou recentemente um relatório intitulado “Primeiro Bitcoin: Por que os investidores precisam considerar o bitcoin separadamente de outros ativos digitais”. 

O documento de 26 páginas destaca uma série questões envolvendo a utilização do Bitcoin e seu potencial uso como reserva de valor e gateway de pagamentos, abordando questões como a antifragilidade do BTC e a infraestrutura da rede, além de destacar as diferenças estruturais entre a criptomoeda primária e os demais ativos digitais.

Por que o Bitcoin é único?

Um dos primeiros pontos abordados pelo texto é a escassez digital proporcionada pela criptomoeda, que não pode ser simplesmente replicada copiando o seu código aberto, uma vez que a maior parte do valor do ecossistema está justamente na sua imutabilidade e resistência a alterações que quebram o consenso.

Afinal, se qualquer um pode criar uma criptomoeda escassa, não existe escassez.

“Qualquer pessoa pode entrar ou sair da rede bitcoin desde que siga as regras básicas. Qualquer um que tente alterar as regras sem o consenso suficiente dos outros participantes serão excluídos da rede. 

Portanto, embora o código do Bitcoin seja de código aberto e possa ser copiado e modificado, essas cópias ou derivações do Bitcoin são redes totalmente separadas e não são “compatíveis com versões anteriores” do original da rede bitcoin. 

Uma das maiores características das propriedades do bitcoin é sua escassez. O bitcoin não é apenas escasso (a taxa de inflação atual do bitcoin de 1,8% é aproximadamente igual à taxa de inflação do ouro no momento), mas ao contrário do ouro, também é finito. 

Haverá apenas 21 milhões de bitcoins. Nenhum outro ativo digital possui uma política monetária imutável no nível do bitcoin. Em outras palavras, o valor monetário do bitcoin pode ser vista como a mais credível.”

Efeito de rede

Talvez o principal fator que fez com que o Bitcoin se tornasse a propriedade digital dominante seja justamente o fato dele ter sido o primeiro caso funcional de um dinheiro nativo da internet que funciona de maneira totalmente descentralizada.

Este efeito de rede, que se retroalimenta trazendo cada vez mais usuários e liquidez para a rede, é o fator que está fazendo com que o Bitcoin alcance agora os mercados globais e receba aporte de grandes instituições, algo impossível em redes menores.

Ademais, a sua resistência ao teste do tempo dá cada vez mais confiança à rede, que passou os últimos 13 anos de maneira incorruptível.

“Cada minuto, hora, dia e ano que o Bitcoin sobrevive aumenta suas chances

de continuar no futuro à medida que ganha mais confiança e sobrevive a mais choques. 

Também vale a pena notar que isso anda de mãos dadas com a propriedade de antifragilidade, onde algo se torna mais robusto ou mais forte a cada ataque ou momento em que o sistema está sob alguma forma de estresse.”

Trilema da blockchain

Apesar das milhares tentativas de se criar um “novo Bitcoin” nos últimos anos, nenhuma rede de blockchain conseguiu de fato resolver os problemas inerentes de escalabilidade conhecido como Trilema da blockchain.

“Já no início dos anos 1980, cientistas da computação identificaram uma espécie de trilema embutido em bancos de dados descentralizados. 

Mais recentemente, uma variação desse trilema, conhecido como “Blockchain Trilemma”, foi delineado pelo criador do Ethereum, Vitalik Buterin, onde ele afirma que um sistema descentralizado banco de dados (do qual o Bitcoin é um tipo) só pode fornecer duas das três garantias ao mesmo tempo: descentralização, segurança ou escalabilidade.”

Como consequência, a maneira para se escalar a rede monetária é através de redes de segunda camada, como a Lighting Network, Liquid e RSK, que fornecem um ambiente de desenvolvimento para outras aplicações da tecnologia do BTC.

Diversos assuntos foram abordados no texto, que vale a pena ser lido na íntegra. Contudo, o documento está disponível apenas em inglês.

Qual sua opinião sobre o relatório? Deixe na seção de comentários abaixo.

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