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O QUE SÃO AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS? CRISE CLIMÁTICA E ECONOMIA – DR YASAM AYAVEFE

A mudança climática é definida como uma mudança artificial no clima, além de sua variabilidade natural, como resultado de forçar os limites ecológicos do meio ambiente devido às atividades humanas. As mudanças climáticas, que são causadas principalmente pelo efeito estufa resultante do consumo de combustíveis fósseis, representam sérias ameaças a todos os seres vivos, países e economias. A esse respeito, os esforços têm aumentado nos últimos anos tanto por círculos científicos quanto políticos para revelar os efeitos atuais e possíveis das mudanças climáticas. Particularmente, setores dependentes do clima, como agricultura, turismo e energia, produtividade do trabalho, emprego e, consequentemente, crescimento econômico são afetados negativamente pelas mudanças climáticas.

O clima tem uma estrutura dinâmica que pode mudar naturalmente ao longo de muitos anos e ao final de processos de desenvolvimento lento. A variabilidade climática é expressa como um processo que se desenvolve espontaneamente e não é afetado pelo fator humano. A mudança climática, por outro lado, é a mudança no clima como resultado de atividades humanas que alteram direta ou indiretamente a composição da atmosfera, além da variabilidade natural do clima observada em um período de tempo comparável.

Como resultado, pode-se dizer que a fonte das mudanças no clima no passado são fatores naturais, e as mudanças vivenciadas hoje são resultado das atividades humanas (antrópicas).

Desenvolvimentos como o rápido processo de mecanização, mudança na estrutura de produção e consumo, crescimento populacional e urbanização após a Revolução Industrial causaram intensas necessidades energéticas. Especialmente após a Segunda Guerra Mundial, as demandas dos países por crescimento econômico provocaram um aumento em suas necessidades energéticas. O facto de a necessidade energética ser maioritariamente satisfeita com combustíveis fósseis como o carvão e o petróleo tem levado à destruição do ambiente e à alteração da composição da atmosfera. Junto com esse processo, a concentração do gás dióxido de carbono (CO2), que é resultado do uso de combustíveis fósseis e chamado de gás de efeito estufa, na atmosfera tem aumentado gradativamente.

DIAGRAMAS DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS

EFEITOS ECONÔMICOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Os primeiros efeitos das mudanças climáticas aparecem com o aumento da temperatura e as flutuações na precipitação. Os extremos observados nesses elementos climáticos causam sérias perdas econômicas, aumentando a frequência e a gravidade dos desastres naturais relacionados ao clima, como secas, inundações e tempestades. Aproximadamente 87% dos desastres naturais ocorridos entre 1980 e 2012 são desastres naturais relacionados ao clima. Como resultado das pesquisas, 44% desses desastres naturais são causados ​​por tempestades, 41% por enchentes e 15% por secas. É relatado que a perda econômica causada por esses desastres naturais no mesmo período é de aproximadamente 2,8 trilhões de dólares. Prevê-se que essas perdas econômicas causadas pelas mudanças climáticas serão de cerca de 1 trilhão de dólares anualmente na década de 2050.

Os setores da agricultura, do turismo e da energia, importantes para a economia, estão fortemente expostos aos efeitos das alterações climáticas. Enquanto a agricultura e o turismo estão diretamente relacionados, a energia depende indiretamente do clima.

Considerando que as mudanças climáticas continuarão no futuro, espera-se que alguns países que não são afetados pelas mudanças climáticas e até se beneficiam delas sejam afetados negativamente por essa situação.

Embora não haja consenso na prática e na teoria sobre o mecanismo que explica os efeitos das mudanças climáticas na economia, acredita-se que alguns indicadores possam desempenhar um papel preponderante na determinação da magnitude desses efeitos. Alguns deles são a parcela de setores sensíveis ao clima na economia e os efeitos indiretos das mudanças climáticas em setores não sensíveis ao clima.

Argumenta-se que, embora as mudanças climáticas possam afetar negativamente o crescimento econômico, os esforços para proteger o meio ambiente dos efeitos das mudanças climáticas podem contribuir diretamente para o crescimento econômico. Porque o meio ambiente, ou mais tecnicamente, o capital natural, ocorre como insumo na função de produção. Pensa-se que a melhoria da qualidade ambiental através da protecção do ambiente levará a um aumento da quantidade de entrada em termos de capital natural, e que o nível de produção e rendimento poderá aumentar.

Os efeitos negativos da crise das mudanças climáticas são sentidos e vistos em níveis graves em alguns países e regiões hoje. É inevitável que esses efeitos negativos causem problemas significativos em todo o mundo no futuro. Esse quadro negativo revela a necessidade de uma luta efetiva e urgente contra as mudanças climáticas. A par destes, o combate às alterações climáticas exige também uma mudança mental para se livrar da ideia de que “o ambiente é um subsistema da economia” e aceitar a ideia de que “a economia é uma subdemanda do ambiente e as fronteiras do a economia são determinados pela capacidade de suporte ecológica”. Assim, as políticas econômicas devem ser moldadas levando em consideração a função de suprimento de capital natural do meio ambiente, bem como a função de armazenamento de resíduos.

Simşsou Ayavefe

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