Utilizar criptomoedas para comprar pizza não é mais uma projeção futurista ou mote de desafios na comunidade cripto. Há cerca de dez anos foram feitos pedidos e concretizada a compra, como foi o caso de Michael Hendricks, que postou vídeo em 2011 no canal Youtube sobre como comprar uma pizza on-line usando bitcoin e pagou 19,12 BTCs por uma do cardápio da rede Domino’s.
Um ano antes, o programador Laszlo Hanyecz, da Flórida (EUA), se dispôs a pagar 10 mil bitcoins por duas pizzas e postou sua oferta no Bitcointalk, maior fórum sobre bitcoins. O programador tinha como objetivo provar que era possível utilizar o bitcoin como meio de compra para coisas simples. E conseguiu. O feito, realizado em 22 de maio de 2010, entrou no calendário como o Bitcoin Pizza Day.
Para celebrar o Bitcoin Pizza Day, o banco Capitual vai oferecer aos 150 primeiros que postarem um stories no Instagram (foto ou vídeo) com pizza, marcando o @Capitual, um voucher de R$ 40 na plataforma do banco. A ativação será no dia 22/05/2021.
As pizzas adquiridas pelo programador da Flórida com bitcoins custaram cerca de US$ 41, na época. Em números atuais, os 10.000 BTCs equivalem a algo em torno de US$ 430 milhões, ou R$ 2,2 bilhões. A iniciativa de Hanyecz mostrou não apenas a possibilidade de usar criptoativos como meio de compra, mas se tornou uma referência sobre a valorização do bitcoin desde 2010.
Em dez anos, o bitcoin percorreu uma curva ascendente na ordem de 9.000.000%, segundo relatório publicado pelo Bank of America no ano passado. Isso significa que quem investiu US$ 1 em bitcoin em 2010, acumulou em sua carteira mais de US$ 90.000 em 2020. Embora a alta volatilidade seja uma característica dos criptoativos, observa-se uma tendência consistente de crescimento nos valores atribuídos ao longo do tempo.
Tal comportamento é percebido mesmo no último ano, um período incerto marcado pela pandemia do Covid 19. De acordo com a plataforma de monitoramento de preços de criptoativos Coinmarketcap, o Bitcoin teve uma valorização em dólar de 559% no acumulado dos últimos 12 meses. Especialistas do mercado atribuem à entrada de grandes investidores institucionais e à recomendação de compra feita por alguns bancos a seus clientes.
As quedas mais abruptas verificadas no preço do Bitcoin são pontuais e o que se observa historicamente é a retomada gradual da valorização do ativo no médio prazo, segundo Guilherme Nunes, Chief Strategy Officer do banco digital híbrido Capitual, especializado em criptomoedas e com oferta de serviços bancários aos clientes. “Os fundamentos da principal criptomoeda do mercado estão ancorados no longo prazo e o ativo permanece como uma boa opção de investimento”, afirma.