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PF identifica dois advogados aprovados na OAB através de fraude envolvendo criptomoedas

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A Polícia Federal (PF) de São Paulo já foi capaz de identificar ao menos dois advogados que conseguiram aprovação na segunda fase do exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) por meio de fraude descoberta durante operação nesta terça-feira (4), segundo informações do G1.

Uma quadrilha encontrada pela PF através da Deep Web (internet oculta), invadiu o site da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que realiza o exame nacional da OAB, e passou a cobrar em criptomoedas para aprovar aqueles que chegassem à segunda fase do exame.

“Identificamos que a quadrilha realizava uma série de crimes virtuais, como estelionato, furto, fraudes em concursos e similares, fraudes bancárias e também venda de cartões de crédito clonados. Entre as fraudes havia a invasão indevida de bancos de dados de instituições, como a FGV, que faz o exame da OAB”

Delegado Luiz Roberto Ungaretti de Godoy

Os pagamentos eram feitos através de criptomoedas com o objetivo de evitar o rastreamento. No entanto, Ungaretti afirma que a polícia já possui formas de rastrear esse método de pagamento.

Os candidatos que realizassem a segunda fase da prova, tinham seus resultados alterados no sistema da FGV, e seus nomes eram colocados na lista de aprovados.

“Já identificamos dois advogados que tiveram a aprovação no exame com a mudança feita pelos hackers. […] Não temos a informação da participação de funcionários de nenhuma das instituições, nem da FGV, nem da OAB. Tivemos a colaboração de ambas as entidades para a investigação”

Operação Singular

Montante encontrado na casa do líder da quadrilha – Foto: Divulgação PF

A PF realizou, na manhã desta terça-feira (4), a operação Singular, para desarticular uma organização que usava a internet para fraudar cartões de crédito e empresas que organizam concursos públicos. Cinco pessoas foram presas.

Os mandados de prisão foram cumpridos em São Paulo, sendo um na capital e outro em Santos; dois no Rio Grande do Sul, em Santa Maria e Tapes; e outro em Fortaleza, no Ceará. 

A PF também cumpriu cinco mandados de busca e apreensão nos três estados.

De acordo com o G1, a Polícia Federal estava investigando a quadrilha há dois anos.

Através da investigação, as autoridades puderam identificar sete líderes da organização criminosa, e ainda estão investigando se a quadrilha teve envolvimento em outros concursos públicos.

Os criminosos capturados durante a operação são acusados de fraude bancária eletrônica, roubo de cartões de crédito, formação de quadrilha e invasão de dispositivo informático.

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