Ícone do site Criptonizando

PF interrompe operação com criptoativo lastreado em ouro ligada a garimpo ilegal

ouro-criptomoeda-brasil

Nesta quinta-feira (07), a Polícia Federal do Brasil iniciou a Operação Ganância. A operação visa combater uma organização criminosa que, supostamente, criou uma criptomoeda lastrada em ouro que estaria ligada à lavagem de dinheiro de um garimpo ilegal.

As investigações já estavam sendo feitas há algum tempo, mais precisamente desde fevereiro de 2021, e mostraram que o token digital servia como uma fachada para um esquema muito maior: lavagem de dinheiro. 

Entretanto, não se trata de um pequeno esquema de lavagem de dinheiro, mas sim de um garimpo ilegal que já gerou bilhões e causou grandes danos ao meio ambiente.

Além desta, outras operações também foram deflagradas na manhã desta quinta-feira. Estima-se que ao menos três operações estão em ação visando o combate de garimpos ilegais para mineração de ouro no Brasil.

A operação está acontecendo em Rondônia, Pará, Goiás, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Acre. O maior foco da Polícia Federal é o Norte do país.

Suposto criptoativo lastreado em ouro tem ligação com lavagem de dinheiro

Já falamos algumas vezes sobre os cuidados que se deve ter antes de investir em criptoativos recém-criadas. Mas falando de um investimento em pedras preciosas, é necessário ter ainda mais atenção.

Isso porque este tipo de token pode estar associado a garimpos ilegais. E esta é justamente a situação na qual gerou a deflagração da Operação Ganância.

A operação deve cumprir 65 mandados judiciais, sendo 5 de prisões preventivas e 60 de busca e apreensão.

Durante as investigações, que se iniciaram após denúncias envolvendo empresas de Porto Velho que estavam lavando dinheiro através de valores recebidos em licitações fraudulentas, descobriu-se que as quantias vinham do garimpo ilegal. Inclusive, as mesmas apontaram que este garimpo acontece desde 2012.

O esquema envolve um grupo de pessoas que já movimentou bilhões de reais e contavam com empresas de fachada para a garantia do crime.

Mas o que chamou mesmo a atenção dos investigadores foi a criação de um criptoativo próprio para uma das empresas. 

O criptoativo foi lançado com a proposta de ser lastrado em ouro e teve como uma das suas finalidades lavar o dinheiro do garimpo ilegal.

“Foram identificados diversos meios de lavagem de capitais praticados pela organização criminosa, com destaque entre os modus operandi, a criação de um criptoativo (token) próprio de uma das empresas, com a finalidade de justificar os valores advindos da extração ilegal do ouro nas empresas dos criminosos, como se fossem investimentos de terceiros interessados em receber dividendos.”, apontou a PF.

Extensão de danos ao meio ambiente é gigante

As investigações da Polícia Federal apontaram que, em média, o grupo movimentou mais de R$16 bilhões entre 2019 e 2021.

Para tentar burlar qualquer tipo de investigação, os líderes desse esquema chegavam a usar licenças ambientais inválidas, o que os fez garantir  pelo menos R$1,1 bilhão.

Mas uma das grandes consequencias da operação ilegal foram os danos ambientais. Estes garimpos ilegais geraram um dano ao meio ambiente avaliado em R$300 milhões em uma área equivalente a 212 campos de futebol. Inclusive, os danos da operação podem ser potencialmente irreversíveis.

LEIA MAIS: Mike McGlone sugere recuperação otimista do bitcoin nos próximos seis meses

Receba artigos sobre Bitcoin e Criptomoedas no seu email

*Obrigatório
Sair da versão mobile