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Polícia Federal descobre sócio oculto na Unick Forex e a história toma novas proporções

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A Polícia Federal (PF) descobriu, por meio de interceptações telefônicas, que Leidimar Lopes não era o único grande líder da Unick Forex, uma das maiores pirâmides financeiras do Brasil, desmantelada em outubro deste ano.

Segundo reportagem do Jornal NH, o advogado Fernando Baum Salomon seria um “sócio oculto no esquema”, que teria contratado um serviço de espionagem clandestina para obter informações sigilosas de interesse da Unick.

Quem teria comandado o serviço seria um ex-policial federal aposentado, ligado a ex-diretores da Polícia Federal, como o ex-diretor geral da PF, Leandro Daiello Coimbra, relata o site.

A movimentação teria começado depois que Salomon, que prestava uma espécie de gestão internacional para a Unick, se viu preocupado após a operação da PF que acabou com a pirâmide financeira Indeal, em maio deste ano.

Por isso, o advogado, que tinha como única preocupação a possibilidade de inquérito contra ele e o presidente da Unick, Leidimar Lopes, teria contratado até hackers. Após obter informações sigilosas, os diretores da empresa começaram uma espécie de operação para ocultar os bens da Unick e de seus supostos líderes.

Para a PF, é possível que boa parte do patrimônio adquirido pela Unick esteja ocultado em paraísos fiscais na Europa, como Mônaco e Luxemburgo. Durante a operação Lamanai que acabou com as atividades da organização criminosa, as autoridades apreenderam cerca de R$ 200 milhões.

Defesa nega

Em resposta à reportagem, a defesa de Salomon nega que ele exerceu a função de gestor da Unick e afirma que ele foi contratado por Leidimar Lopes em 2018, para “trabalhar na regularização da Unick junto à CVM”.

Segundo a defesa, Salomon também não teria contratado o ex-policial federal para prestar serviços à Unick, e afirma que eles são amigos de longa data e que houve apenas a contratação da empresa de inteligência para localizar o patrimônio de um cliente que não pagou honorários advocatícios.

O ex-diretor geral da PF, Leandro Daiello Coimba, por sua vez, disse nunca ter trabalhado para a Unick. Sobre ter trabalhado para Salomon, disse não ter nada a declarar.

Estima-se que o esquema que fez mais de 1 milhão de vítimas no Brasil e hoje possui uma dívida de aproximadamente R$ 12 bilhões, tenha movimentado cerca de R$ 28 bilhões.

A PF está investigando mais de 1.200 líderes da Unick que trabalhavam com a captação de novos investidores para aplicarem seus fundos na empresa que usou até escola infantil para lavagem de dinheiro.


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