A Polícia Federal e a Receita Federal interromperam uma operação para importação irregular de smartphones. A operação teve como alvo principal um influenciador com mais de meio milhão de seguidores nas redes sociais.
O influenciador ensinava e incentivava seus alunos a importarem os smartphones sem pagar pelos impostos devidos, conforme destaca nota da PF:
“Além de ensinar as pessoas a cometer crimes de fraude na importação, o influenciador fornecia smartphones importados de maneira fraudulenta diretamente a clientes interessados. Para a execução dessas tarefas, ele mantinha uma rede de cúmplices, responsáveis pela importação ilícita e a distribuição dos aparelhos.
O grupo criminoso também oferecia outra opção: o cliente efetuava a compra do produto nos Estados Unidos, e o grupo providenciava a remessa ao Brasil, com nota fiscal, porém sem pagamento de taxa alfandegária. Também havia a possibilidade de que o produto fosse retirado no Paraguai.”
O influenciador contou com mais de 14 mil alunos em seus cursos e mentorias. Ainda não está claro se os alunos do influenciador serão investigados.
Uso de criptomonedas
Foi observado uma movimentação de R$ 1,8 milhão do criptoativo Dólar Tether (USDT) pela empresa utilizada para importar os produtos.
Estima-se que a empresa tenha comercializado mais de 3 mil smartphones nos primeiros 100 dias de 2024, que totalizam mais de R$ 14 milhões.
Notavelmente, o USDT tem se tornado um importante método de pagamento internacional, especialmente em países emergentes. A criptomoeda oferece um veículo de investimento estável em dólar, o que tem atraído cada vez mais usuários e empresas.
A PF destacou que a apreensão teve como objetivo “apreender outras evidências dos crimes cometidos, além de comprovação de possível lavagem de dinheiro e evasão de divisas, bem como a identificação de outros eventuais participantes dos crimes”.
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