Bashar Assad, presidente da Síria, pediu para que países que compõem o bloco do BRICS diminuam o uso do dólar americano no comércio internacional, informou a mídia estatal Sana.
Assad enfatizou que o bloco BRICS, por meio da adoção do yuan chinês para transações comerciais entre as nações, pode desempenhar um papel de liderança nesse sentido.
Ele fez os comentários durante reunião com o enviado especial do governo chinês para o Oriente Médio, Zhai Jun, a quem recebeu no sábado.
O líder sírio também elogiou a mediação chinesa que resultou na aproximação entre a Arábia Saudita e o Irã, ambos candidatos à adesão ao BRICS. Ele acredita que o aprimoramento de suas relações terá um impacto positivo na estabilidade de toda a região.
Segundo Assad, o mundo inteiro hoje precisa da presença chinesa, política e economicamente, para reequilibrar a situação global. A aliança BRICS constitui um forte espaço internacional capaz de criar uma ordem multipolar internacional, acrescentou.
O funcionário chinês garantiu a Bashar Assad que Pequim continuará apoiando Damasco em fóruns internacionais e “é uma batalha contra a hegemonia, o terrorismo e a interferência externa”.
Zhai Jun disse ainda que a China apóia a aproximação entre a Síria e os demais países árabes. A diplomacia chinesa tem sido bastante ativa na região e além, na tentativa de expandir a influência da República Popular no cenário global.
A China iniciou negociações sobre a potencial ampliação do BRICS e vem tentando promover o uso do yuan no comércio internacional, ao mesmo tempo em que apoia os esforços para reduzir a dependência da moeda norte-americana.