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Presidente do Banco Central cita Blockchain ao falar sobre modernização do Sistema Financeiro Nacional

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Durante o Fórum da Liberdade em Porto Alegre, na última segunda-feira (09), o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, falou sobre seu desejo de grande reforma no Brasil com o objetivo de um mercado de capitais mais atrativo, citando a inovação tecnológica como parte importante desse movimento.

O presidente afirmou que a aprovação e a implementação de reformas na economia seriam essenciais para manter a inflação e os juros baixos e para a recuperação do crescimento, de acordo com discurso publicado no site do BC.

Existe uma correlação entre tamanho do PIB e mercados. Para cada 10% de crescimento do mercado privado, tem mais ou menos 0,3% ou 0,4% do PIB afirmou.

Ao indicar a decisão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de diminuir sua participação no mercado de crédito, Campos explicou que quando se retira dívida pública e substitui dívida privada, existe um fator multiplicador. No entanto, para que isso aconteça, é preciso inovação tecnológica.

Campos acrescentou que produzir, guardar, organizar e interpretar informações ficou barato. Para ele, deve ocorrer um processo de democratização do mercado de capitais no processo onde as empresas deixam de ser apenas da indústria de serviços e assumem papel de informações e dados — movimento que está ocorrendo no mundo.

Ao citar esse aspecto, Campos falou sobre a Agenda BC+, que sob sua gestão terá como foco especial avançar no “desenvolvimento pleno” do mercado de capitais, “com base no livre mercado”.

Queremos continuar com essas duas dimensões e avançar com outras dimensões, disse. Queremos incluir o poupador, a pequena empresa, que tem dificuldade a entrada no mercado de capitais, estrangeiros, e pessoas físicas, explicou.

No entanto, para que isso aconteça, ele afirmou que o BC deve estar preparado para um futuro tecnológico, citando o domínio de ferramentas como blockchain, serviços de computação em nuvem, inteligência artificial e digitalização.

“Trabalhar na modernização do Sistema Financeiro Nacional é fundamental para alcançarmos esses objetivos”, disse ele, afirmando que o processo deve ocorrer “simplificando e desburocratizando o acesso aos mercados financeiros para todos e dando um tratamento homogêneo ao capital, independentemente de sua nacionalidade ou se provém de um grande ou de um pequeno investidor”.

Para Campos, até o momento a democratização financeira se focou na garantia de acessos a serviços de pagamento e ao mercado de crédito, e as autoridades precisam pensar em como será o sistema financeiro no futuro, priorizando a evolução tecnológica.

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