O governo do Quênia planeja impor um imposto de 3% sobre as transferências de criptomoedas para reduzir o déficit fiscal do país e aumentar suas receitas domésticas.
O Quênia está entre os líderes do continente africano em termos de adoção de criptomoedas. Patrick Njoroge, Governador do Banco Central, sugeriu anteriormente que o bitcoin poderia resolver os problemas monetários do país.
Conforme relatado pela Bloomberg, os legisladores do Quênia podem implementar um imposto de 3% sobre a transferência ou troca de criptomoedas, enquanto um imposto de 15% pode afetar os criadores de conteúdo online monetizado.
O presidente William Ruto pretende dobrar a arrecadação de impostos para 5 trilhões de xelins (cerca de US$ 37 bilhões) em cinco anos.
A legislação se tornará oficial a partir do início de julho, caso os legisladores quenianos aprovem. O país estima uma receita de aproximadamente US$ 21 bilhões durante os primeiros 365 dias (14% a mais do que as arrecadações previstas para o ano fiscal em curso).
O Quênia é classificado como uma economia de renda média-baixa, com mais de 16% de sua população vivendo abaixo da linha de pobreza internacional. Desigualdade econômica, problemas de saúde e corrupção governamental são os principais fatores para a tendência negativa. Apesar de seus problemas, continua sendo um dos condados mais desenvolvidos da África oriental e central.
Ao contrário das dificuldades financeiras do país, um número substancial de quenianos voltou seu foco para a indústria de criptomoedas nos últimos anos.
Pesquisa realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU) no verão de 2022 estimou que 8,5% da população (mais de 4 milhões de indivíduos) eram investidores de longo prazo.