De acordo com o relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), grandes cartéis de drogas mexicanos e colombianos estão usando cada vez mais bitcoin para suas operações ilícitas.
Os cartéis que mais tem feito o uso da criptomoeda primária são: Cartel de Nova Geração de Jalisco e o Cartel de Sinaloa.
É importante apontar que o Cartel de Sinaloa é uma das maiores gangues de tráfico de drogas do mundo.
A saber, durante décadas, esse cartel foi administrado pelo conhecido Joaquin “El Chapo” Guzman.
Atualmente, Guzman cumpre uma sentença de prisão perpétua em uma cadeia federal dos Estados Unidos.
UNODC apontou que os ativos digitais são uma ferramenta financeira atraente para os que desejam praticar atividades ilícitas.
Mas como o bitcoin é utilizado por essas gangues?
Segundo a agência, os cartéis dividem os lucros das drogas vendidas em pequenos pagamentos. Dessa forma, conseguem despistar as autoridades.
Logo após, os vendedores de drogas compram pequenas quantidades de bitcoin com os rendimentos.
Como resultado, conseguem obstruir a origem do dinheiro e ainda pagar associados em outras partes do mundo.
Mas por que o bitcoin?
A agência criada pela ONU em 1997 acredita que o uso das criptomoedas por cartéis está ligada ao anonimato e à velocidade dos mesmos.
No entanto, o que não é mencionado pela UNODC é que o bitcoin é totalmente transparente.
Sendo assim, as transações do criptoativo não ficam ocultas e podem, com um pouco de análise, mostrar de onde estão sendo realizadas.
Prova disso é a própria UNODC saber que os cartéis estão fazendo uso do ativo digital.
Olhando dessa forma, a natureza do bitcoin o torna uma ferramenta questionável para aqueles que tentam facilitar transações financeiras ilegais.
Um método menos questionável é o dinheiro fiduciário.
Afinal, o dinheiro emitido pelo Estado, de fato, consegue ser irrastreável e nada transparente, pois não está atrelado a nenhuma tecnologia.