O empresário e investidor Anthony Pompliano disse durante o evento virtual Consensus: Distributed nesta terça-feira (12), que a maneira com que os governos estão respondendo à crise do coronavírus levará a população a adotar bitcoin, reportou o Cointelegraph.
Pompliano, que também é cofundador da empresa de gestão de ativos Morgan Creek Digital, deu a declaração em meio a uma discussão com Changpeng ‘CZ’ Zhao, CEO da Binance.
O empresário disse que o responsável por fazer as pessoas se tornarem para o bitcoin e as criptomoedas não será “necessáriamente o covid-19”, mas sim “a resposta” ao problema.
Ele argumenta que isso “faz com que você veja bancos centrais em todo o mundo imprimir trilhões de dólares”
Segundo ele, a incerteza e o medo em torno das políticas monetárias adotadas para conter os impactos da desaceleração econômica levará a população a procurar uma proteção contra a inflação.
“O medo da inflação, aconteça ou não, levará as pessoas a: 1) procurar algo como o Bitcoin que é um hedge de inflação, e 2) como as moedas falham, as pessoas procurarão [o que] é capaz de armazenar valor ou que permita mover o valor mais facilmente”, disse.
Pompliano continuou, argumentando que pode acontecer o mesmo que “em lugares como o Líbano, onde existe muitos controles de capital e comportamentos nefastos de bancos e governos”:
“Acho que as pessoas procurarão ativos que apenas requerem conexão à Internet para poderem transacionar, então isso é super otimista para Bitcoin e criptomoedas em geral”, afirmou.
De acordo com os extratos publicados entre os meses de fevereiro e maio de 2020 no Diário Oficial da União, o governo brasileiro já gastou cerca de R$ 27 milhões em tinta para impressão de cédulas de Real neste ano.
Durante o debate, o CEO da Binance declarou que “essa é a tempestade perfeita para as criptomoedas”, e falou sobre o resgate a grandes empresas em meio à crise:
“Qualquer empresa que exige um resgate é basicamente mal administrada por definição, e esses impactos a longo prazo são graves. Quem vai resgatar o governo?”, concluiu.