O ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho teve seu contrato rescindido com a 18kRonaldinho, empresa de marketing multinível acusada de operar um esquema de pirâmide financeira.
O atleta, que atuava como embaixador da marca, também seria sócio-fundador do negócio, segundo os donos da empresa.
A mudança ocorreu logo praticamente às vésperas de uma audiência pública convocada pelo Deputado Federal Aureo Ribeiro (SD-RJ) para ouvir o que Ronaldinho tinha a dizer sobre a empresa que levava seu nome.
Os lucros da 18kRonaldinho seriam provenientes de atividades de trading e arbitragem de criptomoedas nas quais prometia lucros de 2% ao dia a clientes que adquirissem pacotes de US$ 12 mil a 30 mil.
No entanto, a empresa atuava sem a autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O contrato entre o ex-jogador e a empresa teria sido rompido “há duas semanas”, de acordo com o advogado de Ronaldinho, segundo informações do Cointelegraph.
O presidente da empresa, Marcelo Lara, publicou recentemente nas redes sociais, imagens onde usa uma tesoura para cortar o nome do atleta fora da empresa.
“Agora somente 18k”, escreveu na legenda.
De um lado, a empresa está sendo investigada pelo Ministério Público Federal (MPF) por denúncias de pirâmide financeira.
Do outro, essa não é a primeira vez que Ronaldinho Gaúcho se envolve em um projeto suspeito de fraude envolvendo bitcoin.
O ex-jogador já foi garoto-propaganda e principal promotor da LBLV, empresa que atuava no mercado forex (ilegal no Brasil) e foi proibida de atuar no país pela CVM.
Recentemente, ele foi condenado a pagar mais de R$ 8,5 milhões por crime ambiental em Porto Alegre e teve seu passaporte retido após não cumprir a sentença.
No entanto, Ronaldinho fez um acordo com o Ministério Público do Rio Grande do Sul e recuperou o documento.