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Ronaldinho Gaúcho, garoto-propaganda de empresas suspeitas de pirâmide, tem 57 imóveis bloqueados pela Justiça

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Foto: Omar Martinez/Mexsport

O ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho, que tem realizado propagandas de negócios relacionados a forex e criptomoedas nos últimos tempos, teve 57 imóveis bloqueados pela Justiça do Rio Grande do Sul.

Aposentado do futebol desde 2015, o brasileiro, que possui cidadania espanhola, acumula dívidas e problemas com a Justiça devido a multas e impostos, segundo a Folha de São Paulo.

De acordo com o site, uma das dívidas acumuladas se trata de uma multa ambiental de R$ 9,5 milhões, derivada de um processo instaurado em 2009, após a ação da Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente.

O objetivo da ação era averiguar danos ambientais causados pelo ex-jogador, seu irmão, Roberto de Assis Moreira, e a Reno Construções e Incorporações.

A empresa construiu, em área de preservação permanente, uma ligação entre o sítio do ex-jogador ao lago Guaíba, sem licença ambiental. Agora, 4 dos 57 imóveis bloqueados do brasileiro estão penhorados pela Justiça.

O ex-jogador, que também possui protestos em três cartórios em Porto Alegre, está proibido de deixar o Brasil e teve seus dois passaportes retidos pela Justiça desde que ele não pagou uma multa ao Ministério Público do Rio Grande do Sul.

Embora seu advogado de defesa negue que ele teve títulos protestados, a prefeitura informou ao jornal que o brasileiro tem nove dívidas protestadas e não negociadas, no valor de R$ 7,88 milhões.

Além disso, Ronaldinho deve, no total, exatos R$ 9,91 milhões em IPTU e TCL (Taxa de Coleta Domiciliar de Lixo).

O clube Atlético-MG e a Nike do Brasil, patrocinadora de Ronaldinho, foram intimados para se manifestarem nos autos do processo, que busca valores em nome do ex-jogador.

O ex-jogador aparece em propaganda da empresa LBLV, que recentemente teve suas atividades suspensas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em decisão publicada em 20 de julho no Diário Oficial da União.

O texto alega que a empresa tem promovido a “captação irregular de clientes para a realização de operações com derivativos em geral e no denominado mercado Forex (Foreign Exchange)” — que é ilegal no Brasil.

A empresa negociava contratos derivativos que envolviam pares de moedas estrangeiras, mas de acordo com a lei, o contrato derivativo se trata de um tipo de valor mobiliário e só pode ser transacionado sob averiguação da CVM.

Além disso, o jogador, que já teve dois projetos de criptomoedas que falharam, lançou em 2018, uma empresa de marketing multinível que também se envolveu em problemas com a CVM.

A empresa, denominada 18kRonaldinho, oferecia quatro relógios por R$ 999 aos associados, que poderiam lucrar com os produtos ao vendê-los por R$ 600 cada.

No entanto, o material promocional da empresa também cita oportunidades de lucro com operações de trader e arbitragem de criptomoedas.

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