Os senadores dos EUA Elizabeth Warren (D-MA), Chris Van Hollen (D-MD) e Roger Marshall (R-KS) enviaram uma carta à Binance e à Binance US na quarta-feira, pedindo que as exchanges de criptomoedas “forneçam transparência sobre transações potencialmente ilegais.”
A carta, endereçada ao CEO da Binance, Changpeng Zhao (CZ) e ao CEO da BAM Trading Services, Brian Shroder, pede documentos e respostas sobre as “finanças, gerenciamento de risco e conformidade regulatória de cada exchange de criptomoedas enquanto enfrenta investigações sobre crimes em potencial”, detalharam os senadores.
A Binance e sua afiliada nos EUA, Binance US, são duas entidades separadas. A BAM Trading Services está fazendo negócios como Binance US.
Citando vários relatos da mídia alegando que a Binance está enfrentando várias investigações por parte das autoridades e reguladores após o colapso da exchange cripto FTX, os senadores escreveram:
“A Binance e suas entidades relacionadas burlaram propositadamente os reguladores, transferiram ativos para criminosos e sonegadores de sanções e ocultaram informações financeiras básicas de seus clientes e do público.”
“Suas ações questionaram a legitimidade de seus negócios e a segurança dos ativos de seus clientes e levantaram preocupações sobre o impacto potencial dessas atividades na estabilidade do mercado cripto e no sistema financeiro mais amplo”, enfatizaram os senadores.
A carta também observa que a Binance contratou a empresa de auditoria francesa Mazars para realizar uma auditoria de prova de reservas (POR) em suas participações em bitcoin.
No entanto, a empresa de auditoria subseqüentemente “excluiu a página da web que continha o relatório” e interrompeu sua atividade relacionada às auditorias de comprovação de reservas para empresas de criptomoedas, acrescenta a carta.
Os senadores concluíram sua carta solicitando “documentos e respostas” referentes a uma lista de perguntas até 16 de março.
Uma cópia da carta dos senadores foi enviada a Gary Gensler, presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) e a outros reguladores.