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Startup impulsiona reciclagem no interior de SP ao recompensar moradores com criptomoeda

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A startup Ecochain está usando a criptomoeda ECOs para recompensar moradores que contribuírem com um projeto de coleta seletiva na pequena cidade de Santa Cruz da Esperança, a 320km de São Paulo.

A iniciativa está usando a blockchain como uma ferramenta a favor da saúde e da sustentabilidade socioambiental, publicou o site Draft, na última terça-feira (7).

De onde surgiu a ideia?

A iniciativa é um aperfeiçoamento do projeto Moeda Verde, criado pela Prefeitura da cidade.

O projeto existe desde 2017, recompensando com um vale-compras os moradores que entregam materiais recicláveis, como alumínio e papelão, nos locais de coleta seletiva.

Assim, o material recolhido pela população era revertido em uma “Moeda Verde”, similar as antigas notas de R$ 1.

Dessa maneira, os cidadãos da pequena cidade com cerca de 2.124 habitantes, podiam usar essas notas para comprar mercadorias no comércio da cidade.

Como funciona o projeto da Ecochain?

A startup viu no antigo projeto uma oportunidade de inovação, que poderia usar os benefícios da blockchain, para implementar um projeto piloto de sustentabilidade, de acordo com Marcelo Miranda, um dos sócios da Ecochain.

No novo modelo do projeto, os moradores voluntários devem cadastrar o nome e CPF no site da startup para ter direito a uma carteira digital — meio pelo qual receberão os créditos das coletas.

Depois, os tokens ECOs podem ser verificados a partir de um dispositivo móvel ou por meio de um QR Code, que permite a troca da criptomoeda por itens de cesta básica ou de materiais escolares no comércio da região.

A Ecochain estima que a coleta de resíduos sólidos domésticos da cidade possa alcançar até 2 toneladas por mês.

De acordo com uma previsão feita pela startup, em 2020, o município pode alcançar uma receita de R$ 4 milhões gerada a partir das porcentagens pagas por resíduos coletados.

A startup

A Ecochain é uma união das empresas de solução e inovação tecnológica Ti2Ci e LF1, com a exchange FlowBTC.

Os sócios acreditam no potencial da blockchain para promover a inclusão social e resolver o problema de descarte inadequado de lixo no Brasil.

Expansão

O projeto teve início em novembro de 2018 e cadastrou 20 famílias. No entanto, essa foi apenas uma implementação inicial que termina agora em maio de 2019.

Segundo a equipe da startup, a prefeitura da cidade é quem vai lidar com as operações diárias do projeto de agora em diante.

Marcelo afirma que cerca de R$ 500 mil já foram investidos pelos sócios da startup — valor que foi dividido entre as empresas que formam a joint venture.

Ao finalizar a fase de testes em Santa Cruz da Esperança, a Ecochain planeja expandir o modelo para outras localidades no interior de São Paulo.

O projeto, que possui baixo custo operacional, já tem o interesse de 40 cidades, contou Marcelo.

“Como já está tudo pronto nessa primeira cidade, colocar em outras é muito rápido, menos de três meses. Depois de fazer um estudo das características e dos problemas de cada lugar, a instalação e o treinamento são bem rápidos”, concluiu.

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