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Tecnologia: Boulos usa blockchain para registrar doações em São Paulo

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Candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL) é adepto da blockchain, tecnologia por trás do Bitcoin, para registrar as doações que recebe em sua campanha.

É a partir da blockchain da criptomoeda Decred que o professor, político e ativista busca promover a confiabilidade no processo de doação eleitoral.

Boulos já arrecadou mais de R$ 1,2 milhão por meio da plataforma Voto Legal, que autentica as doações na blockchain da altcoin lançada em 2016. 

Já foram mais de 12 mil doações recebidas por meio da plataforma, segundo dados do site.

O político, famoso por apoiar o partido MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), disputará o 2° turno das eleições em São Paulo com Bruno Covas (PSDB), atual prefeito da cidade.

A rrecadação de valores continua na nova etapa, que agora foca em ultrapassar R$ 1,5 milhão para “combater as fake news e viabilizar a estrutura de comunicação da campanha”, diz o site Doe Boulos.

“Apenas 10% do que o nosso adversário elitista tem de verba para fazer a sua campanha”, afirma.

Doações registradas na blockchain Decred

Segundo o Voto Legal,  “todas as doações são registradas na blockchain da Decred com objetivo de garantir a autenticidade das transações, promovendo a confiabilidade no processo de doação eleitoral”, diz a plataforma.

A Decred é baseada no código do bitcoin, mas com alguns diferenciais, visando melhorias em relação ao projeto original, como sistema de consenso híbrido, escalabilidade e governaça baseada na comunidade.

O site do Voto Legal já foi utilizado por Boulos, Marina Silva (REDE) e Ciro Gomes (PDT) em 2018, durante a corrida pelo cargo de presidente da república.

O site informa que é uma plataforma “de software livre homologada pelo TSE e opera sob o CNPJ 08.746.641/0001-00, razão social APPCIVICO CONSULTORIA LTDA”.

São registradas na blockchain tanto as doações por boleto bancário, como doações com cartão de crédito. No entanto, há uma taxa de manutenção cobrada pela plataforma, destinada a “taxas de operação financeira, sistemas de controle anti-fraude, impostos e infraestrutura”, diz o site.

Candidato anti-bitcoin perdeu a vez

Quem também estava concorrendo pela prefeitura de São Paulo era Celso Russomanno. Famoso por trabalhar na TV em defesa do consumidor, o candidato conquistou a apatia de entusiastas das criptomoedas após atacar o Bitcoin em julho deste ano.

Sua campanha também sofreu com a polêmica sobre o envolvimento de sua filha e genro em um suposto esquema de pirâmide financeira.

No último sábado, o candidato recebeu apenas 10,5% dos votos válidos, chegando na 4ª posição na apuração.


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