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“Trader de milhas” lucra até R$ 20 mil por operação

De acordo com a reportagem do portal de notícias Cointelegraph publicada no dia 25 de agosto, o ‘trade’ de milhas aéreas têm possibilitado a diversas pessoas do Brasil conseguirem até R$ 20 mil por negociação.

De acordo com a reportagem, diversas pessoas no Brasil estão de olho no mercado de milhagens de companhias aéreas e, operando neste mercado, têm conseguindo aferir lucros que em determinadas operações que chegam a 95%. Diversas pessoas já vivem apenas desta atividade, tal como o Ricardo Olito, que disse:

“Eu era gerente de marketing, fui morar fora e quando voltei tentei abrir uma empresa, mas não tive sucesso. Foi quando me deparei com o mercado de milhas. Comecei aos poucos e hoje vivo disso (…) As pessoas acham que eu vivo de férias porque viajo muito, mas não é tão fácil quanto pensam”.


Olito, assim como os demais traders ouvidos pela reportagem, fica de olho nas plataformas que negociam milhagens aéreas e também nas promoções. Quando identifica que há uma oferta interessante, faz a compra e aguarda até que seja o momento de vender, diretamente para pessoas ou por meio de plataformas.

“Eu vendo tanto nos maiores sites de vendas de milhas quanto no particular para amigos. As vendas particulares são mais rentáveis, mas mais trabalhosas e com mais riscos. Você basicamente assume todo o trabalho e os riscos de uma agência de viagem”

No entanto, apesar dos lucros, os traders de milhagens aéreas garantem que a atividade não é fácil e demanda tempo tanto de estudo quanto para aferir lucro. Além disso, eles ainda afirmam que é preciso muita disciplina para entender o momento certo e também não se ‘perder’ com os lucros e os custos das operações.

“Quem não tem tempo e dedicação para estudar e acompanhar diariamente o mercado e não tem fôlego para ficar meses com o dinheiro imobilizado não deve investir nesse mercado, porque fatalmente será pressionado a vender em um momento ruim e acabará amargando prejuízos”

No entanto, as companhias áreas já estão de olho na atividade e buscando ‘dificultar’ o mercado limitando a quantidade de emissões anuais e dificultando os resgates. Além disso, os principais programas de fidelidade também limitaram a emissão de passagens via milhas para no máximo 25 CPFs por ano por pessoa.

Projeto 2303/2015

O mercado de milhas áreas não têm regulamentação no Brasil. Em 2015, o deputado Aureo Ribeiro foi autor do primeiro projeto de lei a abordar o tema, que também pretende estabelecer normas para o mercado de criptomoedas, o Projeto 2303/2015.

A proposta gerou discussões e muitas audiências públicas com especialistas em criptoativos, pois pretendia submeter as “moedas virtuais”, junto com os programas de milhagens aéreas, à supervisão do Banco Central do Brasil, sem, ao menos, tentar defini-las, classificando todas as operações como “arranjo de pagamentos”.

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