Um tribunal na Coreia do Sul determinou que a exchange de criptomoedas Upbit deve compensar um cliente por um atraso na transferência de LUNC, ocorrido pouco antes do colapso do ecossistema Terra em 2022.
O cliente entrou com uma ação em setembro do mesmo ano, alegando que a demora na transferência resultou em perdas de seus investimentos.
Segundo relatos da mídia local, o homem tentou transferir 1.310 unidades de LUNC de sua carteira na Upbit para a Binance em março de 2022, com a intenção de liquidar os ativos em moeda fiduciária.
No entanto, devido a um erro na inserção dos detalhes do endereço do destino, os tokens acabaram sendo depositados na carteira da própria Upbit, em vez da carteira pessoal do cliente na Binance.
O investidor afirmou ter solicitado repetidamente a devolução dos tokens à plataforma cripto, mas enfrentou atrasos devido a novos protocolos de combate à lavagem de dinheiro que a exchange implementou no mesmo período. Apesar de múltiplas tentativas de recuperação, a Upbit alegou que estava seguindo os procedimentos regulatórios necessários.
Em maio de 2022, antes que os tokens fossem devolvidos, o valor de LUNC despencou em 99,9% com o colapso do ecossistema Terra, resultando em uma perda quase total dos ativos do cliente, que anteriormente valiam US$107 mil.
O tribunal sul-coreano decidiu a favor do cliente, determinando que a Upbit pague o valor mencionado em indenização, além de juros pelo atraso.
Segundo o juiz responsável pelo caso, a empresa deveria ter se preparado melhor para lidar com situações desse tipo, dado que erros de endereços secundários em transações de criptoativos não são incomuns. A decisão também criticou a falta de um sistema automatizado ou de equipe dedicada para resolver esses casos de maneira eficiente.
A Upbit ainda tem o direito de apelar da decisão em um tribunal superior.