Um ano após a repressão, China é vista como segundo centro para mineração de Bitcoin, afirma estudo

A China proibiu a mineração de Bitcoin em maio do ano passado. Mas, exatamente um ano depois, o país ressurgiu como o principal local para as operações de mineração.

Um novo estudo revelou que a atividade de mineração subterrânea no país levou o mesmo para o segundo lugar global em termos de capacidade de mineração instalada.

O aparente retorno da China

O Cambridge Center for Alternative Finance (CCAF) relatou o surpreendente ressurgimento e afirmou ainda que a China atualmente domina o ranking de mineração. O país conta com uma participação de mercado de 21,11%, logo atrás dos EUA, com 27,69%. 

Por outro lado, países que antes eram vistos como fortes centros de mineração de Bitcoin, como Cazaquistão, Canadá e Rússia, estão muito atrás com 13,22%, 6,48% e 4,66%, respectivamente.

A taxa de hash de mineração relatada para todo o país foi efetivamente para zero durante os meses de julho e agosto, de acordo com o Cambridge Bitcoin Electricity Consumption Index (CBECI).

No mês seguinte, a taxa de hash relatada subiu repentinamente para 30,47 EH/s. De acordo com o estudo, essa tendência demonstrou que uma significativa atividade de mineração subterrânea ocorreu no país, algo que “confirma o que os especialistas do setor vêm assumindo há muito tempo. ”

O CCAF afirmou:

“O acesso à eletricidade fora da rede e operações de pequena escala geograficamente espalhadas estão entre os principais meios usados ​​pelos mineradores subterrâneos para esconder suas operações das autoridades e contornar a proibição.”

A rápida recuperação na atividade de mineração da China pode ser atribuída a mineradores que ocultam sua localização. Isso, aproveitando redes privadas virtuais (VPN) ou outros serviços de proxy. 

O estudo também argumentou que, com o passar do tempo, os mineradores subterrâneos chineses ficaram mais confiantes com a proteção oferecida pelos serviços de proxy locais para cobrir seus rastros.

Mudança no cenário de mineração de Bitcoin

O cenário global de mineração de Bitcoin se transformou significativamente após a proibição da China. 

Os EUA, por exemplo, continuaram a se consolidar como líderes por uma ampla margem. No entanto, outros países, exceto o Canadá, que teve um crescimento moderado, ainda não se mostraram destinos favoráveis ​​para os mineradores.

A Rússia sofreu uma queda considerável na participação relativa da taxa de hash de 11,23% em agosto de 2021 para 4,66% em janeiro de 2022. 

Além disso, durante o mesmo período, o país também viu um declínio substancial em termos de contribuição da capacidade instalada total de mineração de 13,56 EH/s para 8,74 EH/s.

O Cazaquistão, que já foi considerado um país atraente para os mineradores chineses de BTC, viu sua participação de mercado cair 13,22%. Isso, em parte devido à escassez de energia e pressão política. 

Seu governo anteriormente impôs regras mais rígidas para as empresas de mineração e também aumentou a carga tributária sobre os mineradores.

Leia mais: Bitcoin não tem futuro como sistema de pagamento, aponta CEO da FTX

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