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US$ 356 milhões em criptomoedas foram roubados só no primeiro trimestre de 2019, diz pesquisa

criptomoedas roubadas 2019

Só no primeiro trimestre de 2019, ladrões de criptomoedas ganharam pelo menos US$ 356 milhões. Segundo analistas, por conta disso, até o final do ano a indústria pode enfrentar um problema de lavagem de dinheiro de bilhões de dólares, publicou o Hard Fork nesta quarta-feira (1).

Segundo nova pesquisa da CipherTrace, nos últimos dois anos, os pagamentos de exchanges com base nos EUA para carteiras de criptomoedas no exterior também viram um aumento de 46%.

De acordo com a empresa, assim que pagamentos chegam a exchanges e carteiras de outras partes do mundo, elas saem do radar das autoridades dos Estados Unidos.

“Isso destaca um importante ponto cego regulamentar para os EUA.”

Ano difícil para exchanges em termos de segurança

Cinco exchanges foram hackeadas durante o primeiro trimestre do ano. Em janeiro, ladrões roubaram US$ 16 milhões em ativos digitais da Cryptopia.

Após ataques, as exchanges de criptomoedas CoinBene e DragonEx, juntas, perderam US$ 46 milhões em tokens baseados na Ethereum.

A CoinBene afirmou que os fundos de seus usuários estavam “100% seguros” e prometeu que quaisquer vítimas seriam recompensadas caso algo acontecesse.

No entanto, após investigar as “hot wallets” da exchange, a Cipher Trace descobriu que US$ 105 milhões em criptomoedas haviam sido enviados para outras plataformas durante o período do ataque, a maioria delas para a exchange EtherDelta.

O porta-voz da Cipher Trace disse que essa movimentação provavelmente não foi um roubo, já que uma parte deste voltou para a carteira da CoinBene. Por outro lado, a empresa continua monitorando a exchange devido ao valor enviado ao EtherDelta.

Em março, a exchange sul-coreana Bithumb sofreu um terceiro ataque, perdendo US$ 13 milhões da EOS. De acordo com relatórios, outros US$ 6 milhões em Ripple também podem ter sido roubados. A empresa disse que a ação foi feita por “pessoas de dentro”.

O mesmo aconteceu com a Coinbin, que foi levada à falência após perder cerca de US$ 26 milhões em um desvio feito por alguém de dentro da empresa.

Os pesquisadores afirmam que esses ladrões terão de fazer lavagem de dinheiro das criptomoedas roubadas no primeiro trimestre de 2019.

“Isso exigirá maneiras inovadoras de sacar e transformar todo esse dinheiro virtual contaminado em moedas fiduciárias limpas e gastáveis.”

Além da União Européia, os analistas reconheceram 17 países sob a jurisdição do Conselho de Estabilidade Financeira com pelo menos algumas medidas regulatórias para lidar com ativos digitais.

No entanto, a CipherTrace chamou atenção para o fato de que o potencial de lavagem de dinheiro de exchanges de criptomoedas e moedas de privacidade não é bem compreendido pelos legisladores que tentam regular os ativos digitais com base na moeda fiat.

Por isso, a empresa alerta que, ao longo do próximo ano, deve haver um “tsunami” de duras regulamentações globais contra a lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo que vai abalar o mercado de criptomoedas.

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