Um relatório publicado pela startup Veripi aponta que já foram pagos quase R$10 bilhões em taxas por transações na rede Bitcoin desde 2012, mas 1/4 desse valor, R$2,5 bilhões, poderiam ter sido evitados.
De acordo com o relatório de 62 páginas, em sete anos, desde janeiro de 2012 a março de 2020, foram pagos 205,941 BTC para mineradores na rede, cerca de R$9,8 bilhões na cotação deste sexta-feira (12).
Contudo, 55,687 BTC, equivalentes a cerca de R$2,6 bilhões na cotação do bitcoin hoje em US$9.414, poderiam ter sido evitados se houvesse uma adoção completa do SegWit e batching.
O SegWit (Segregated Witness) é uma atualização opcional do protocolo para redes blockchain. É útil para custo, velocidade e escalabilidade e basicamente significa “separar assinaturas de transações”.
Já a técnica de dimensionamento chamada de batching (lote), significa ter mais de três saídas em uma transação, para efetuar um pagamento a duas partes diferentes ao mesmo tempo.
De acordo com o documento, mais de 20.620 BTC poderiam ter sido economizados pelos usuários de Bitcoin se todos estivessem usando o lote de transações. Assim, em vez de 205.941 BTC, os usuários pagariam 185.321 BTC em taxas, uma economia de 10%.
No caso do SegWit, a economia seria ainda maior, a análise sugere que os usuários teriam economizado 40% em taxas na rede desde agosto de 2017, quando a atualização foi ativada pela primeira vez. São 35,067 BTC.
No total, com a adoção das duas ferramentas, 55,687 BTC, cerca de R$2,6 bilhões em taxas, poderiam ter sido economizadas pelos usuários de bitcoin em transações na rede.
O estudo analisou quase meio milhão de transações para calcular quantos bitcoins e megabytes teriam sido economizados graças a essas tecnologias.