Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, afirmou recentemente que o país deve retomar os investimentos no mercado de criptomoedas, conforme relatos da mídia local.
Devido às crescentes sanções, a Venezuela está mais dependente de sistemas monetários alternativos. Conforme relatado por algumas mídias, a estatal Petróleos da Venezuela S.A. (PDVSA) está utilizando stablecoins no comércio internacional.
A recente eleição presidencial também não foi aceita por Estados Unidos e União Europeia, fator que deve tornar as sanções ainda mais agressivas. Por meio dos sistemas de pagamentos centralizados, os EUA podem bloquear o país financeiramente.
Maduro afirmou:
“Os sistemas que serão criados são multi monetários, cestas de moedas. E não vamos falar sobre o mundo das criptomoedas. Nós começamos esse caminho e temos que retomá-lo.”
Em sequência, Maduro afirmou que “um grupo de bandidos e ladrões destruiu o caminho das criptos”. O presidente em exercício está se referindo aos escândalos de corrupção que ocorreram na Superintendência Nacional de Criptoactivos (SUNACRIP).
Venezuela criptomoedas
A Venezuela possui uma conturbada história envolvendo o mercado de criptomoedas. Ao longo dos anos, a alta inflação do país fez com que as criptomoedas se tornassem uma importante classe de ativos para se proteger contra a inflação.
O governo chegou até mesmo a lançar um criptoativo próprio, o Petro, que seria teoricamente lastreado em petróleo. No entanto, o criptoativo passou por uma série de instabilidades e chegou até mesmo a interromper seu funcionamento.
Além disso, o governo lançou no mercado uma corretora estatal de criptomoedas. No entanto, os ativos dos clientes foram travados e convertidos forçadamente em bolívar digital.
“Os fundos das carteiras de Bitcoin, Litecoin e Dash serão convertidos em bolívares digitais na próxima segunda-feira, 15 de janeiro de 2024. Concluída esta operação, a Plataforma Petro fechará as carteiras dessas criptomoedas para concentrar recursos tecnológicos nas carteiras de Bolívar Digital e Petro”, afirmava o site na época.
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