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Venezuela e Colômbia vão migrar para as criptomoedas, diz Andreas Antonopoulos

Andreas M. Antonopoulos blockchain

Para o especialista Andreas Antonopoulos, “Guru do Bitcoin”, com as novas medidas e restrições para comprar dólar, os países da América Latina vão migrar para as criptomoedas.

Conforme reportou o Cointelegraph, o especialista em criptomoedas falou sobre o aumento da adoção dos ativos digitais e afirmou que os efeitos de uma infra-estrutura econômica precária na região está fazendo com que as pessoas busquem no Bitcoin uma alternativa para manter seus investimentos protegidos.

O Bitcoin foi criado em 2009, com o intuito de ser uma moeda digital ponto-a-ponto descentralizada. Para funcionar, a criptomoeda precisa possuir três principais características de uma moeda fiduciária: Unidade de conta, meio de troca e reserva de valor.

Segundo os especialistas, o primeiro processo atingido geralmente é o de reserva de valor, como aconteceu no caso do ouro e de outras formas primitivas de moeda.

Em meio a isso, o Bitcoin está atraindo cada vez mais o interesse de países em desenvolvimento, por ter funcionado como uma reserva de valor nos últimos dez anos.

Para o especialista Andreas, as pessoas que vivem na Colômbia e Venezuela, por exemplo, contavam com o dólar americano para armazenar suas economias, mas o Bitcoin está se tornando cada vez mais popular.

“O principal caso de uso hoje do Bitcoin nessas áreas é a preservação da riqueza e isso significa investir no Bitcoin, como forma de economizar. Como no passado, eles teriam todas as suas economias em dólares”, declara o especialista.

Com a crise causada pelo novo coronavírus, o governo americano passou a adotar algumas medidas para a compra do dólar que deixou a situação cada vez mais difícil.

Segundo Andreas, “em muitos desses países, é impossível abrir contas baseadas em dólares ou, pior ainda, o governo demonstrou mais de uma vez que está disposto a entrar e confiscar as contas baseadas em dólares convertendo-as. Escolha uma moeda local, forçosamente, adicione taxas de câmbio ridículas que não correspondem ao valor real, confiscando assim a economia das pessoas que mantinham essas contas.”

A crise global fez com que países começassem a desenvolver seus ativos digitais, como a China, que está criando o seu CBDC.

Peter McCormack, criador do famoso podcast “What Bitcoin Did”, diz em um episódio que visitou a Venezuela e afirma que ninguém no país se interessa pelo ativo digital, e sim em sobreviver em meio ao caos econômico.

“Eu estava errado sobre o Bitcoin na Venezuela. O nome do jogo é sobrevivência, me consiga bolívares e dólares e me deixe comer. Não preciso de Bitcoin agora”, afirma Peter McCormack.

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