Os volumes de negociação em exchanges de criptomoedas na Índia despencaram depois que uma nova lei tributária de transações foi aplicada recentemente.
Em 1º de julho de 2022, o governo indiano criou um imposto de 1% chamado TDS, ou imposto deduzido na fonte, em todas as transações relacionadas a criptomoedas de mais de US$ 126.
De acordo com essa regra, agora é obrigatório que as exchanges descontem 1% do valor da transação do comprador. Esse valor deve então ser pago como impostos ao Governo.
Após a implementação do imposto na semana passada, os volumes de negociação em exchanges, incluindo WazirX, ZebPay e CoinDCX, caíram pelo menos 50%.
Em 30 de junho, o WazirX, apoiado pela Binance, hospedou um volume diário de negociação de US$ 14,23 milhões, que caiu para apenas US$ 5,32 milhões em 1º de julho. Em seguida, caiu para US$ 2,73 milhões em 3 de julho, de acordo com dados da Nomics.
O volume da CoinDCX caiu 61% para US$ 2,59 milhões em 1º de julho; quanto ao ZebPay, seu volume caiu 56% no mesmo período.
Em fevereiro de 2022, o governo da Índia também impôs impostos de 30% sobre todas as receitas relacionadas a criptomoedas.
Embora a Chainalysis tenha relatado que a Índia ficou em segundo lugar na adoção de criptomoedas, o aumento da carga tributária e o mercado de baixa atual levaram algumas empresas a migrar para nações mais amigáveis às criptomoedas, incluindo Dubai e Cingapura.
Recentemente, Nischal Shetty e Siddharth Menon, os cofundadores do WazirX, mudaram-se para Dubai com suas famílias, informou o Indian Express.
A CoinDCX, empresa de negociação de criptomoedas de US$ 2 bilhões com sede em Bengaluru, também estabeleceu um braço em Cingapura chamado “Primestack Pte”.
Muitas empresas migram para os Emirados Árabes Unidos, especialmente Dubai, por causa de sua regulação amigável às criptomoedas.
Dubai criou várias zonas livres de impostos, incluindo o Dubai Multi-Commodity Center e a Zona Franca do Aeroporto de Dubai.
Ao estabelecer uma empresa nestas zonas francas de Dubai, um visto de residência também pode ser adquirido.
“A Índia tem lutado contra a fuga de cérebros por décadas. Esta é uma oportunidade geracional para redefinir as probabilidades a nosso favor”, disse Ashish Singhal, cofundador e CEO da exchange de criptomoedas CoinSwitch, ao Decrypt .
“Investidores e inovadores indianos podem se beneficiar do capital cripto se houver mais clareza regulatória.”
Ainda assim, não há um processo regulatório claro ou licença para plataformas do setor na Índia, o que dificulta a operação das empresas no país.
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