O relatório publicado recentemente pelo Grupo dos Sete (G7), mostrou que as criptomoedas falharam em fornecer um meio de pagamento ou reserva de valor, incluindo o Bitcoin.
O estudo possui 30 páginas e investiga o impacto das stablecoins globais. No documento são abordados temas como os desafios e riscos para políticas públicas, supervisão e regulamentação, segurança jurídica, eficiência e integridade dos sistemas de pagamento, proteção de dados, proteção com os investidores e consumidores, entre outros.
O G7 é composto pela França, Estados Unidos, Japão, Itália, Alemanha e Reino Unido. Em seu relatório o G7 declara que as remessas da stablecoins são lentas e caras.
O Grupo afirma que as stablecoins globais poderiam resolver alguns desses problemas de lentidão, mas que não estão livres de riscos e desafios.
As criptomoedas não são uma solução já que são “altamente voláteis”, de acordo com o documento, ela possuem limites de escalabilidade, interfaces de usuários complicadas e problemas de governança e regulamentação.
De acordo com o documento, as stablecoins não são estáveis e não possuem uma classificação internacional estabelecida. Porém, as stablecoins tem a capacidade de ser mais utilizáveis como forma de pagamento e armazenamento de valor, cabe aos emissores garantirem que as regulamentações sejam seguidas.
Para G7, os riscos e desafios precisam ser abordados adequadamente, para depois as stablecoins entrarem em operação.
“O G7 acredita que nenhum projeto global de stablecoin deve entrar em operação até que os desafios e riscos regulatórios e de supervisão sejam abordados adequadamente, através de projetos apropriados e aderindo a uma regulamentação clara e proporcional aos riscos”.
O relatório afirma ainda que os governos de todo o mundo deveriam desenvolver roteiros para melhorar a eficiência e reduzir o custo de pagamento e serviços financeiros.
Em resposta ao G7, a Libra Association (criptomoeda do facebook) reagiu ao documento, dizendo que a criptomoeda Libra, vai operar com transparência e em parceria com os reguladores e que “está sendo projetado para trabalhar com instituições reguladoras existentes para aplicar as proteções que eles fornecem ao mundo digital e não para romper com elas ou enfraquecê-las”.