Depois de mais de um mês foragido, desde a operação Lamanai da Polícia Federal que acabou com o esquema da Unick Forex, Fernando Lusvarghi, diretor jurídico da empresa, se entregou às autoridades e agora cumpre prisão domiciliar.
Lusvarghi, considerado um dos principais líderes do esquema que fez mais de 1 milhão de vítimas no Brasil, se entregou no dia 22 de novembro, depois de ter sua prisão decretada em 14 de outubro, conforme reportou o Jornal NH.
O diretor jurídico da Unick teve que ser mandado para prisão domiciliar, em Bragança Paulista (SP), pois não havia cela especial disponível.
Em casa, Lusvarghi está condicionado ao uso de tornozeleira eletrônica, proibido de entrar em contato com os demais investigados no caso, sem acesso à internet e telefonia, além de não poder abrir conta em qualquer instituição financeira.
O ex-foragido também deverá manter a carga da bateria da tornozeleira e não poderá sair do raio de monitoramento centrado na residência, diz a matéria.
“O descumprimento de qualquer das obrigações causará a revogação imediata do benefício de liberdade provisória e expedição de ordem de prisão”, determinou Guilherme Beltrami, titular da 7° Vara Federal.
Lusvarghi, que é advogado, permanecerá em prisão domiciliar até que esteja disponível uma cela especial para réus com curso superior, intitulada “sala de Estado Maior”.
Além de ser um dos principais líderes da Unick, Lusvarghi também é dono da SA Capital, uma empresa que era divulgada como garantidora do negócio que hoje deve cerca de R$ 12 bilhões aos clientes, segundo relatório da PF.
Junto a Leidimar Lopes, Danter Silva e Lusvarghi, a filha e irmão do presidente da Unick estão entre os 15 que responderão por organização criminosa e crime contra o sistema financeiro.
A PF agora está atrás de mais de 1.200 líderes da empresa responsáveis pela captação de novas vítimas para aplicarem valores no negócio.