Segundo o presidente do Banco do Brasil (BB), Rubens Novaes, o Banco do Brasil pode ser privatizado para dar ‘conta’ de concorrer com os bancos digitais, como o Nubank, disse à Folha de São Paulo.
O Banco do Brasil pretende acelerar sua inovação frente a economia digital, e de acordo com Novaes, a instituição precisa ser vendida para se adaptar às novas tecnologias financeiras que surgiram.
“Na medida que se aprofundar esse novo mundo bancário de open banking e competição das fintechs, as desvantagens de ser um banco público vão se acentuar. E eu acho que a gente já devia começar a se antecipar para pensar em privatização, assim não teria trauma nenhuma”, declarou.
Por mais que o Ministro da Economia, Paulo Guedes e o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, tenham planos de privatizações para empresas públicas como o Correio, Telebrás, o Banco do Brasil ainda não está incluso nos planos.
Entretanto, para o presidente do BB, a instituição financeira deve ser privatizada o quanto antes.
“O Banco teria mais flexibilidade e seria mais eficiente caso fosse privatizado. Tenho convicção de que sem essas amarras, nós passaríamos dos concorrentes privados. Um dia será inevitável privatizar o Banco do Brasil”, destacou.
Novaes defende a iniciativa e o uso da blockchain e novas tecnologias nas administrações públicas. Em 2019, destacou que até 5 anos, o Banco do Brasil vai ser tornar obsoleto caso não tenha capacidade de se adaptar aos novos padrões tecnológicos.
“Fica muito difícil em uma instituição ligada a governos acompanhar esse ritmo; competimos com uma espécie de bola de ferro na canela”, finalizou o presidente do BB.
Por mais que os bancos públicos lancem iniciativas baseadas em novas tecnologias, estão perdendo espaço para as fintechs e empresas que oferecem serviços financeiros alternativos como exchange de criptomoedas.
O Conselho Monetário Nacional (CMN) lançou uma norma que favorece aplicações em blockchain, onde altera as regulamentações sobre documentos obrigatórios para aberturas de contas em bancos e instituições financeiras. Com a adoção da blockchain, fica a critério dos bancos determinar quais serão os documentos que cada cliente deve fornecer a instituição.