Fernando Lusvarghi, diretor jurídico da Unick Forex, quer enterrar o passado com a empresa acusada de organização criminosa e agora decidiu oferecer serviços de coaching.
Em uma live realizada na noite de quarta-feira (29) por meio do Youtube, o advogado conhecido como um dos principais líderes no esquema da Unick falou por 13 minutos sobre os seus novos projetos.
Exibindo uma postura de confiança, Lusvarghi, que está preso em regime domiciliar e com tornozeleira eletrônica, apresentou seu novo projeto de consultoria online a empreendedores.
“Vão ser divulgadas ferramentas onde o nosso publico vai poder estar em interação direta com os nossos palestrantes, especialmente comigo, seja via chat ou videoconferência, e considerando se o desenvolvimento do projeto e o estado que a gente vive de quarentena permitir, acreditamos que no segundo semestre seria possível até eventos presenciais”, declarou, sem entrar em detalhes.
Segundo o advogado, será realizada uma palestra sobre gestão empresarial em maio, e novos vídeos acerca do novo projeto serão divulgados nos próximos dias.
Além das ferramentas que Lusvarghi menciona no vídeo, ele anuncia também o serviço de coaching particular para os clientes, afirmando que o serviço ajudará os empresários a alcançar os resultados para o seu negócio.
Relação com a Unick
Depois de deixar para o final os questionamentos acerca de sua relação pessoal e empresarial, por meio da seguradora SA Capital, com a Unick Forex, o advogado disse que o processo tramita em segredo de justiça e afirmou que “há muitas matérias desencontradas e muitas fake news” sobre o assunto.
“Como advogado e como parte do processo, não é coerente que eu divulgue ou traga qualquer informação sobre o caso”, disse.
Lusvarghi admite que trabalhou como diretor jurídico e advogado da Unick e afirmou que a AS Capital era prestadora de serviços para a suposta pirâmide financeira, acrescentando que:
“As obrigações [para com a justiça] estão sendo cumpridas da melhor forma possível.”
Nesta semana, o Criptonizando recebeu com exclusividade um trecho de uma ação judicial contra Lusvarghi, na qual é apresentado como um fato que o advogado “praticou atos de dissipação patrimonial em dezembro de 2019, mesmo depois da segregação domiciliar”, violando as regras de sua prisão.
Além disso, também é argumentado que ele permaneceu quase 30 dias foragido, embora estivesse ciente de um mandado de prisão preventiva contra ele.