Brendan Eich, CEO do navegador baseado em blockchain, Brave, deu uma declaração impactante durante o podcast Founders of Web 3, do Outlier Venturies nessa semana.
“Não somos o escravo cego das empresas de anúncios de tecnologia”, disse o fundador do browser focado em privacidade que recentemente atingiu 15 milhões de usuários ativos mensais.
Conforme reportou o Decrypt, Eich, que também é criador do JavaScript e já passou por diretor técnico e CEO da Mozilla, estava se referindo ao fato de que o Brave representa uma revolução ao bloquear automaticamente o rastreamento de anúncios e recompensar com tokens os usuários que decidirem assistir publicidade.
“Com o Brave, queríamos um caminho melhor”, explicou o programador.
Segundo ele, o objetivo não é apenas “proteger os usuários do rastreamento, o que é seu direito”, mas permitir que os usuários “escolham individualmente devolver algo em vez da receita publicitária que estava sendo perdida com o bloqueio do rastreamento”.
Outro ponto positivo do bloqueio de rastreamento de anúncios, é o aumento da velocidade do navegador em comparação com outros, como Chrome ou Firefox, por exemplo.
“Bloqueamos toda a tecnologia de anúncios convencional”, declarou. “Nós não somos o escravo cego das empresas de tecnologia de anúncios como um navegador.”
O navegador Brave é, por muitas vezes, chamado de “a nova internet”, pois devolve o poder de escolha aos usuários ao permitir que eles escolham se desejam assistir anúncios, e neste caso, recebem a criptomoeda Basic Attention Token (BAT) como recompensa pelo tempo.
Eich afirma ainda que “a reforma está chegando”, sobre o modelo de negócios dos navegadores da Web 2.
Segundo ele, atualmente “todo mundo está tentando borrifar algum perfume de privacidade, tenha tomado banho ou não”.
Recentemente, o Brave lançou um serviço de videoconferência com foco em privacidade, para competir com o Zoom como uma alternativa mais segura.