A Unick Forex começou uma operação, à mando de Leidimar Lopes, para comprar o próprio banco no ano passado, com o objetivo de continuar a lavagem de dinheiro. As informações são do Cointelegraph.
De acordo com a reportagem, uma fonte anônima ligada ao caso revelou informações dos documentos da Polícia Federal acerca da investigação contra o esquema acusado de pirâmide financeira que teria movimentado R$28 bilhões no Brasil.
Sem pagar os clientes e antes de ter as atividades interrompidas pela PF na Operação Lamanai em outubro de 2019, a Unick buscava maneiras de seguir com o negócio fraudulento. Foi aí que Leidimar Lopes, criador da empresa, propôs a compra de um banco urgentemente, aponta a matéria.
Segundo o texto, a ideia surgiu devido a problemas com bloqueio de contas bancárias e a necessidade de novas formas para lavar dinheiro.
A operação foi descoberta pela PF através da interceptação de ligações telefônicas durante a investigação.
Para cuidar do caso e intermediar a relação com o Banco Central do Brasil, teria sido contratado até um lobista.
Duas pessoas cujos nomes não foram revelados, ficaram responsáveis pela negociação.
Uma delas, apontada como uma das pessoas de confiança de Leidimar, foi presa pela Polícia Federal na Operação Lamanai.
A meta era que cerca de sete pessoas participassem do lobby em uma reunião em 1° de agosto de 2019 — incluindo Leidimar Lopes, e dali já decidissem como montar para protocolar o banco, diz a reportagem.
Apesar de toda a operação montada pela Unick, a compra do banco não teria dado certo, segundo consta nos documentos, aponta a reportagem.
Recentemente foi revelado que o próprio sócio de Leidimar Lopes na criação da Unick Forex, Fernando Salomon, montou um esquema para enganar e conseguir dinheiro de Leidimar, num verdadeiro ato de traição dentro do golpe que lesou milhares de vítimas pelo Brasil.