A Bitfinex, uma das maiores exchanges de bitcoin e outras criptomoedas do mundo, anunciou uma oferta de recompensa de até R$ 2 bilhões para quem oferecer informações que ajudem a encontrar os responsáveis pelo hack que levou 120.000 bitcoins (BTC) em 2016.
De acordo com um comunicado da empresa nesta terça-feira (04), a corretora estaria disposta a recompensar até mesmo os próprios hackers que violaram os sistemas de segurança da plataforma e concluiram cerca de 2.072 transações não autorizadas.
O montante roubado hoje está avaliado em R$ 7 bilhões, na cotação atual do Bitcoin. A empresa se declarou determinada em recuperar os criptoativos levados há quatro anos, e escreveu:
“Este incidente é um capítulo sombrio da história de nossa exchange, e temos o prazer de oferecer essa recompensa como mais uma prova de nossa determinação em obter os bens perdidos”, diz o anúncio.
Segundo informações da empresa, “aqueles que colocarem a Bitfinex em contato com o hacker receberão 5% do total de propriedades recuperadas (ou fundos ou ativos equivalentes aos atuais valores de mercado”.
Os próprios hackers, no entanto, receberão 25% do Bitcoin roubado se o devolverem à Bitfinex.
“Quaisquer pagamentos feitos àqueles que conectam a Bitfinex com os hackers e aos próprios hackers serão classificados como custos de recuperação da propriedade roubada”, diz o comunicado.
No total, as recompensas somam 30% do montante roubado, equivalente a cerca de R$ 2 bilhões.
A empresa explica ainda que, para confirmar a identidade dos hackers, será exigido que estes enviem 1 satoshi do endereço de carteira responsável pelo hack da Bitfinex.
“Trabalharemos para garantir que isso possa ser feito com segurança, protegendo assim as identidades de todas as partes, e a Bitfinex se reserva o direito de impor condições a qualquer transferência, a fim de verificar reivindicações e garantir um processo seguro”, afirma.
Os BTC já foram movidos algumas vezes, mas a exchange tem esperança de convencer os invasores a tomarem uma atitude melhor.
A Bitfinex argumenta que casos recentes como o hack no Twitter mostram que isso “continua sendo uma ameaça para todas as empresas no espaço de ativos digitais e na esfera tecnológica mais ampla”.
“Ninguém em nossa comunidade pode se dar ao luxo de ser complacente com a ingenuidade de gangues criminosas para perpetuar novos tipos de fraude “, acrescenta.