A Marathon Patent Group, holding dos EUA listada na Nasdaq, lançou nesta quarta-feira (26), uma Carta de Intenções para adquirir a empresa brasileira de mineração de Bitcoin (BTC), FastBlock.
De acordo com o comunicado publicado pela companhia no site do mercado de ações norte-americano, o valor da aquisição será de 8,658,009 ações ordinárias, equivalente a cerca de R$ 167 milhões.
O custo para minerar Bitcoin cairá de US$ 7.400 (cerca de R$ 41 mil) para US$ 3.600 (R$ 20 mil) por BTC “devido ao custo de eletricidade inferior ao padrão da indústria de US$ 0,0285 por KWh”, aponta a companhia.
Com o acordo, a Marathon chegará a 5.364 equipamentos de mineração, devido à aquisição de 3.304 plataformas ASIC de mineração de clientes da Fastblock.
Assim, imediatamente serão adicionados 208 / Ph de capacidade de hash à taxa atual de 186 / Ph da companhia estadunidense, atingindo então 394 / Ph.
O documento afirma que, depois que essa transação for concluída, a Marathon Patent Group assumirá toda a operação da FastBlock, fundada em 2014 por Bernardo Schucman, especialista em mineração de criptomoedas.
“Temos procurado ativamente um parceiro que possa nos ajudar a construir uma das maiores empresas de mineração de Bitcoin na América do Norte. Estamos extremamente satisfeitos por fazer parte do que a Marathon construiu e esperamos um futuro incrível juntos”, disse Bernardo.
A empresa brasileira já minerou mais de 50 mil BTCs e possui cerca de 20 data centers.
A equipe de gerenciamento da Fastblock estará ao lado da Marathon para começar imediatamente a expansão da capacidade de energia atual nas instalações de Atlanta, Geórgia, de 15 MWh para 45 MWh, que pode chegar até 100MhW de energia.
Bernardo, antes CEO da FastBlock, agora será Chefe das Operações de Mineração da Marathon. Gustavo Caldeira e John Blount também permanecerão, além de 14 membros da equipe de Atlanta.
A transação deve ser concluída até o final de setembro de 2020, segundo o anúncio.